Com a geração de 1.309 novos empregos nos primeiros sete meses de 2022, São Mateus chega aos 478 anos de colonização vivendo um novo ciclo de desenvolvimento. E é o setor Industrial que alavanca esse ciclo, sendo responsável por 901 novos empregos nesse período.
O desafio de gerar emprego e renda para o bem-estar da população, além de recursos para o setor público realizar investimentos, sempre esteve em pauta em São Mateus. E o desenvolvimento econômico e social por meio do setor industrial, já abordado em vários outros momentos, volta a ganhar evidência na atualidade.
Neste Suplemento Especial pelos 478 anos de colonização do solo mateense, a Rede TC de Comunicações coloca novamente em pauta a industrialização, que passa por um dos cenários mais promissores com a efetiva implantação do Polo Industrial, localizado no Bairro São Benedito (Rodocon). Duas empresas já estão operando, outras em processo de implantação e mais um leque de empreendimentos planeja se instalar no local. E cresce de importância a unidade industrial da Marcopolo, hoje a maior empregadora privada instalada no município.
O desafio da Industrialização foi tema, por exemplo, do Suplemento Especial do jornal Tribuna do Cricaré de 21 de setembro de 1991, ou seja, há mais de 30 anos. Nele, o Polo Industrial já era tema de debate, mas levaram-se décadas para que começasse a sair do papel.
A possibilidade da exploração das jazidas de sal-gema na região, descobertas na década de 80, também começa a ganhar contornos de realidade com áreas já leiloadas pela Agência Nacional de Mineração, inclusive com as empresas vencedoras iniciando a fase de pesquisa.
Há três décadas, o momento era de perspectivas de novas descobertas de petróleo por parte da Petrobras, que acabaram se concretizando e alavancando o desenvolvimento de São Mateus. No entanto, esse cenário petrolífero mudou bruscamente com as novas políticas de desinvestimentos da estatal em campos terrestres, culminando na venda de ativos para a iniciativa privada.
O impacto da saída da Petrobras de São Mateus e do norte do Espírito Santo fará com que seja necessário o fortalecimento do movimento de atração de investimento em outras atividades potenciais, sejam elas no setor industrial, ou em áreas como turismo e agropecuária.
Os dados mais recentes de empregos, empresas ativas e produção agropecuária mostram que esse fortalecimento tem sim impulsionado a economia e gerado renda no Município.
Se em 1991 o látex e a produção de macadâmia já se mostravam como potenciais produtos geradores de desenvolvimento, percebe-se atualmente na diversificação agrícola, sendo carro chefe o fortalecimento da cafeicultura e da pimenta-do-reino como atividades em expansão.
E o nosso Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), arduamente batalhado por várias mãos desenvolvimentistas, se mostra verdadeiramente tal qual foi pensado no passado, como importante vetor de desenvolvimento regional a partir das pesquisas e de profissionais que entrega anualmente.
As perspectivas, do ponto de vista econômico, se mostram muito promissoras para um futuro cada vez mais presente de consolidação desse desenvolvimento. Vários setores da economia estão em crescente expansão e dependem cada vez mais da qualificação da mão de obra e investimento em pesquisas. O desafio, agora, é se preparar para aproveitar esse novo ciclo que já começou.
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Foto de destaque: Altis/Divulgação
