O historiador mateense Eliezer Nardoto sugere que seja feita uma perícia profunda na espada encontrada no Rio Cricaré. Em entrevista à Rede TC na manhã desta segunda-feira (1º), ele disse que não poderia contradizer o parecer técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas que é preciso fazer um estudo mais detalhado do objeto. “Enquanto não houver isso, vou acreditar que o Iphan está no campo das hipóteses”, frisa.
Eliezer Nardoto destaca ainda que o especialista em espadas militares, Carlos Fernando Parreira Júnior, considerado um dos maiores entendedores de armas militares da América do Sul, deve viajar para a Espanha em breve para continuar a pesquisa sobre o artefato. A espada foi encontra no fundo do Rio Cricaré por Weverton Pirola Martins, o Beto, nas Meleiras, no Bar do Zeca, no dia 17 de março.
Carlos Fernando confirmou que o artefato não somente era do período colonial, do século XVI, como deveria ter pertencido a um nobre, devido às características dela: “Águia bicéfala, pomo e guarda mão ricos em detalhes, possivelmente vinda da Península Ibérica, de Toledo, na Espanha, ou de Portugal”.
Na sexta-feira (28 de junho), o Iphan apresentou à Rede TC o parecer produzido pelo técnico Rafael Borges Deminicis afirmando que a espada é um artefato identificado como espada reta chinesa, decorativa e recente, produzida e utilizada no século XX. Dessa forma, o Iphan descartou o valor histórico do artefato.
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