O técnico da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Espírito Santo, Rafael Borges Dominicis, visitou o local onde a espada, confirmada como sendo um artefato do Século XVI, foi encontrada no Rio Cricaré, no Bar do Zeca nas Meleiras, na manhã desta quinta-feira (18). De acordo com o historiador Eliezer Nardoto, que acompanhou a visita do técnico, Rafael está em São Mateus desde quarta e aproveitou para ir de barco a alguns pontos do rio.
Eliezer afirma ainda que o técnico do Iphan, além colher algumas informações com ele e com o proprietário da localidade onde a espada foi achada, também determinou alguns pontos de GPS, “provavelmente para demarcar ambiente de pesquisa”. O historiador adiantou que o técnico disse a ele que foi orientado pela Superintendência capixaba do Iphan a não dar entrevistas.
Segundo Eliezer, durante a conversa, Rafael explicou que, pela legislação, todo objeto histórico encontrado em território brasileiro pertence à União e, segundo as normas, deve permanecer em ambiente oficial, o mais próximo possível do local onde foi encontrado. “No nosso caso, no museu de São Mateus”, salientou.
O historiador mateense frisou ainda que Weverson Pirola Martins, o Beto, quem encontrou a espada no fundo do rio, estaria viajando e não pode se encontrar com o técnico do Iphan, que ficou de retornar a São Mateus o mais breve possível para dar continuidade aos estudos.
“O nosso único objetivo é determinar o local exato da Batalha do Cricaré e quem sabe transformar o local em ponto turístico, de lazer e científico. O técnico deu uma série de sugestões inclusive indicando a UFRJ para pesquisas no local. Eu quero conversar com a comunidade para tentar descobrir se existem outros objetos que já foram encontrados no rio e que estejam guardados” – complementou.
