As aulas de jiu-jitsu com crianças autistas na Escola de Artes Marciais Marcos Paulo Checkmat vêm apresentando resultados positivos ao longo de quase dois anos do projeto.

Criado pelo professor Marcos Paulo Lopes da Silva Serra, o projeto direcionada as aulas aos alunos com diagnóstico do Transtorno de Espectro Autista (TEA). Elas são planejadas com brincadeiras lúdicas e proporcionam ao aluno desenvolvimento da coordenação motora e habilidades como atenção e concentração. “Além de desenvolver a interação, contato visual e troca com os outros alunos” – frisa.

“Os benefícios para os pais, professores e alunos são mudança de comportamento em relação à comunicação, avanço nas habilidades motoras e confiança, além do desenvolvimento das técnicas do jiu-jitsu” – avalia.

Segundo ele, a ideia de ofertar aulas para autistas surgiu a partir do momento em que os pais procuraram a escola em busca de ajuda em relação ao comportamento e para oferecer uma atividade física que pudesse melhorar o estado das crianças em vários aspectos, como coordenação motora, atenção, agilidade, confiança e disciplina.

Leia também:   Aos 52 anos, mateense Joelma de Angeli é campeã estadual de fisiculturismo

De acordo com ele, podem participar das aulas crianças com idade a partir de três anos. Atualmente, a turma com dez alunos conta com crianças com idades entre 4 e 12 anos. “Pedimos que façam uma aula experimental para avaliarmos como a criança interage em grupo com outros alunos. Além de crianças, adultos também podem participar e treinar jiu-jitsu em nossa escola” – enfatiza.

Segundo Marcos Paulo, o projeto social funciona no Bairro Sernamby nos turnos matutino e vespertino.

Leia também:   Geovanna Santos embarca para a Europa rumo à disputa da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica

 

 

Diferencial no desenvolvimento

 

Especialistas explicam que conhecer atividades para crianças autistas é um diferencial e tanto no desenvolvimento dos pequenos que estão dentro do espectro. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológico-comportamental que modifica a forma como a criança lida e se comunica com o mundo, conforme detalha a ong Instituto Autismo e Vida.

“Apesar das dificuldades de interação que as crianças com autismo enfrentam, todas têm o mesmo direito de brincar e se desenvolver. Como você verá, não existe uma técnica única ou exclusiva para crianças do espectro. O segredo é justamente promover a inclusão, respeitando as diferentes sensibilidades e estimulando cada criança no seu ritmo” – explica a diretora-presidente da ong, Claudia Luckow Meyero.

Segundo ela, as atividades para crianças autistas são importantes porque facilitam a interação delas com outras pessoas –como familiares, colegas, professores, entre outros. Isto porque, uma das principais características do TEA é a dificuldade de comunicação, tanto na expressão quanto na compreensão de informações.

“As atividades para crianças autistas não atuam somente nas dimensões socioemocionais. Elas também são ferramentas valiosas para o desenvolvimento cognitivo e podem ajudar na coordenação motora e na consciência fonológica” – complementa Claudia Luckow.

Leia também:   Mateenses entusiasmados para o duelo Galo e Flu no Estado

Foto do destaque: Divulgação

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here