Professor e pesquisador do Ceunes, Fábio Luiz Partelli foi diagnosticado com malária na segunda-feira (12. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), ele está internado em um hospital da rede privada de São Mateus.

A Assessoria de Comunicação da pasta afirma que, segundo relato hospitalar, o paciente tem histórico de viagem recente para países da África e a Vigilância Estadual em Saúde monitora o caso.

Fábio Partelli é o representante brasileiro dentro do projeto Desenvolvimento Sustentável do Café no Parque Nacional Gorongosa de Moçambique.

De acordo com informações da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o projeto é um acordo de cooperação técnica trilateral entre Brasil, Portugal e Moçambique com o objetivo de caracterizar e implementar um sistema de produção de café sustentável no Parque Nacional da Gorongosa em Moçambique, na África.

Apesar da confirmação, a Sesa não divulgou o estado de saúde do professor que segue internado.

Segundo a Sesa, neste ano foram registradas 172 notificações de casos suspeitos de malária no Espírito Santo. No entanto, destas, somente seis casos foram confirmados para a doença após exames laboratoriais. “No ano passado o registro foi de 283 notificações de casos suspeitos, sendo 20 casos confirmados. Não há óbitos registrados em ambos os anos”, detalha.

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Fábio Partelli é pesquisador e professor no Ceunes. O diagnóstico de malária foi confirmado na segunda-feira.
Foto: Divulgação

 

CEUNES

Diretor do Ceunes, o professor Luiz Antonio Favero Filho afirmou que o professor Partelli é muito querido do campus e que a notícia da confirmação da doença causou uma comoção muito grande entre professores, alunos e demais servidores. “Está todo mundo muito triste. Estamos torcendo e acreditando na recuperação” – complementa.

 

Malária é doença infecciosa febril aguda

 

Vitória – A Sesa detalha que a malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. É considerado um caso suspeito de malária a pessoa que apresente febre e que seja residente ou tenha se deslocado para área onde haja transmissão da doença.

A Sesa ressalta que, por meio da Vigilância Ambiental e Epidemiológica, realiza a vigilância dos casos em todo território capixaba, junto às vigilâncias municipais, de forma a observar a entrada de possíveis casos importados e também evitar surtos da doença.

De acordo com a Sesa, no Espírito Santo há dois tipos da doença: a malária autóctone, que ocorre na região montanhosa onde circula apenas o protozoário Plasmodium vivax, pouco frequente e geralmente evolui de forma benigna; e a malária introduzida, que pode ocorrer em quase todo o Estado e pode ser causada tanto pelo Plasmodium vivax quanto pelo Plasmodium falciparum, sendo que o segundo causa uma forma mais grave e aguda da doença.

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“Para os casos de malária introduzida é necessário que haja um caso importado da doença em uma localidade com a presença do mosquito vetor. O inseto, ao picar a pessoa doente e não tratada pode se contaminar com o protozoário e, cerca de 10 dias depois, infectar outras pessoas”, detalha.

 

TRATAMENTO

A Secretaria Estadual da Saúde explica que o tratamento da malária é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita, mediante diagnóstico laboratorial confirmatório ou teste rápido. “É importante esclarecer que não há vacina contra a malária no Brasil, entretanto, existem estudos em desenvolvimento para a população de países africanos onde a doença é endêmica”, detalha.

 

Foto do destaque: Divulgação

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