Cerca de duzentas famílias organizadas pelo Movimento dos Sem Terra (MST) que ocupavam a Fazenda Coqueirinho, na Região dos Quilômetros, em São Mateus, desde o dia 17 de abril, deixaram o local ainda na madrugada desta terça-feira (30).

Conforme detalha uma liderança do Movimento, Mariana Mota, a desocupação ocorreu logo cedo em cumprimento a um acordo feito com autoridades a partir de uma liminar do juiz Lucas Modenesi Vicente, da 1ª Vara Cível de São Mateus, que deferiu o pedido da empresa Apal Agropecuária Aliança.

Após deixarem a área, integrantes do movimento fizeram uma caminhada pelas principais vias da área central de São Mateus. Também estavam presentes no ato a vereadora Ciety Cerqueira e a deputada estadual Iriny Lopes.

Ainda segundo Mariana, a desocupação também se fez necessária para que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) possa fazer uma vistoria da área.

“Depois de 13 dias da ocupação da Fazenda Coqueirinho em São Mateus, Norte do Estado do Espírito Santo, nesta terça-feira (30) as famílias Sem Terra saem da área ocupada com muita mística e esperanças renovadas, pois com a luta as denúncias das irregularidades da área vieram à tona, sendo as razões que a coloca como passiva da realização da reforma agrária. Dessa forma, com a garantia de que o Incra fará a vistoria na área, o movimento organiza a desocupação e o ato político no centro da cidade de São Mateus” – frisou Mariana.

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POLÍCIA MILITAR

A Polícia Militar também esteve na Fazenda Coqueirinho, no entanto, de acordo com o comandante do 13º Batalhão, tenente-coronel Jefson Coelho, “às 7h da manhã já estava desocupado”.

Ele frisou que a PM segue o protocolo determinado pela legislação que trata do assunto. “Após a ordem judicial, é cumprido um protocolo. Foram feitas reuniões, inclusive na última quarta-feira [24] e nós estimulamos, fomentamos junto ao pessoal do MST, que eles saíssem voluntariamente, pacificamente, o que foi feito”.

O tenente-coronel reforça que quando os militares chegaram ao local para certificar a reintegração, junto com o oficial de Justiça, já estava tudo liberado. “Não havia mais ninguém, foi bem tranquilo”, frisa.

Ainda de acordo com o comandante do Batalhão de São Mateus, o ato realizado pelo MST na cidade também teve o acompanhamento da Polícia Militar. “Hoje eles estão fazendo protesto pela cidade e estão fazendo protesto pelas ruas. Estamos monitorando, mas aparentemente é tudo pacífico”.

Foto do destaque: MST/Divulgação

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