A nova previsão do diretor-presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, para início das obras no condomínio logístico e industrial do Complexo Portuário de São Mateus, em Uruçuquara, é março, ou seja, em cerca de dois meses.

Nesta semana, José Roberto participou de reunião com o prefeito Daniel Santana e com o secretário de Desenvolvimento, Hassan Rezende, no centro administrativo da Prefeitura de São Mateus, para atualizar as informações sobre o projeto. A reunião ocorreu antes da cerimônia de lançamento do Programa Cidade Empreendedora –parceria da Prefeitura com o Sebrae e a Aderes.

Nesta semana o diretor-presidente da Petrocity José Roberto participou de reunião com o prefeito Daniel Santana e com o secretário de Desenvolvimento, Hassan Rezende, para atualizar as informações sobre o projeto. Foto: 1 TC Digital

Em entrevista exclusiva à Rede TC de Comunicações, o diretor-presidente da Petrocity afirmou que o empreendimento possui toda a documentação federal e municipal relativa ao complexo portuário, dependendo, apenas, “do desfecho do Ibama”.

No mês de novembro do ano passado ele disse à Rede TC que a previsão de início das obras era em fevereiro deste ano. De acordo com José Roberto, agora, “também não está sendo mais analisado individualmente o projeto do porto”.

“Estamos dando passos firmes. Nas áreas ao lado [do complexo portuário], já com aprovação da Prefeitura, temos um dos condomínios logístico industrial mais modernos do País que passará a ser implantado nos próximos meses. A Petrocity deu um salto bem interessante para somar aí às iniciativas do Município, para fazer o desenvolvimento do norte do Estado” – afirma.

Condomínio logístico está regulamentado, garante diretor

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Diante do período de crise econômica, até mesmo motivada pela pandemia do novo coronavírus, a grande ansiedade dos agentes econômicos é com prazos. De acordo com o diretor-presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, o principal foco do empreendimento neste momento é iniciar de fato a implantação do condomínio logístico, que segundo ele, já está regulamentado.

“Nós estamos, agora, finalizando os documentos que foram solicitados pela Prefeitura só para cumprir o que determina a Lei. Estamos avançando para a análise final. O agente financeiro já está resolvido. Temos os recursos garantidos para a implantação do condomínio [logístico e industrial. Temos a Odebrecht contratada para essa finalidade, para a execução. E vamos, na realidade, iniciar nosso marco. Nossa meta é que seja a partir de março” – confirma.

José Roberto explica ainda que o condomínio logístico e industrial é uma área que será construída ao lado do Complexo Portuário de São Mateus. “Uma área contígua, não faz parte do mesmo sítio”.

Segundo ele, toda a parte fundiária atende ao Plano Diretor Municipal, à lei que regulamenta a implantação do empreendimento e também ao agente financeiro e à construtora, “que está efetivamente contratada”, no caso, a Odebrecht.

Termelétrica pode atender toda a demanda de energia elétrica do ES, frisa José Roberto

De acordo com o diretor-presidente da Petrocity, a termelétrica projetada para ser construída ao lado do Complexo Portuário de São Mateus em Uruçuquara poderia atender toda a demanda de energia elétrica do Espírito Santo. Isso porque, segundo ele, a capacidade a ser implantada pelo projeto é de 1.8 gigawatt.

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Segundo ele, o empreendimento está projetado para ser construído ao lado do complexo portuário e “será a maior termoelétrica da América Latina”. O diretor destaca que o projeto da termelétrica está sendo elaborado pela empresa Badin Energia, do Grupo Badin, junto com outros parceiros.

“O mesmo grupo vai participar do leilão, em setembro, previsto pela Aneel, o A-6, e terão seis anos para fazer a implantação completa e iniciar a operação” – frisa.

Diretor do Grupo Badin, Ronaldo Badin afirma que a demanda do Espírito Santo por energia elétrica atualmente é de 1.2 gigawatt.

“Sei que 1.8 que serão produzidos ali suportaria toda a carga hoje do Estado do Espírito Santo. Deixaria de ser importador de energia, com certeza, e passaria a ser autônomo” – analisa José Roberto.

O diretor da Petrocity afirma que o projeto da termelétrica usa a matriz energética de gás natural. “Nós temos duas alternativas: o gás cac [Cacimbas localizada em Linhares], que vai de Cacimbas até a Bahia. E temos, na realidade, o nosso projeto, que é o navio gaseiro, atracado permanentemente, e o navio metaneiro, que traz [o produto] em estado líquido, joga para o navio gaseiro, faz a regaseificação e vem para o duto em estado gasoso. Então, aí, atende a toda termelétrica”.

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Ronaldo Badin complementa que o consumo atual de gás natural no Espírito Santo é de 2,5 milhões de metros cúbicos por dia e que somente a termoelétrica consumiria o equivalente a 7,1 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Ele frisa que o leilão da Aneel está marcado para o dia 30 de setembro.

LICENÇAS DO PORTO DE URUÇUQUARA

De acordo com José Roberto, o licenciamento federal que ele aguarda do Ibama é para porto, pátios de armazenamento de cargas e termoelétrica. Ele explica que, dentro do condomínio logístico e industrial, haverá uma área administrativa com 400 salas, três restaurantes, uma vila militar para a Marinha do Brasil numa área de 6 mil m², além de 20 áreas para a construção de galpões e o polo de tecnologia, que segundo ele, já tem a presença confirmada de três empresas.

Sobre a vila militar, José Roberto destaca que a construção está contemplada dentro do projeto que começará a ser implantado nos próximos meses.

Ele prevê ainda que o calado do porto, ou do terminal, terá duas profundidades. “Dezessete metros na parte norte, com quatorze na parte sul. E nós estamos fazendo o projeto justamente com base na lei BR do Mar, a lei de cabotagem, que é o incremento de cabotagem, ou seja, tirar os grandes veículos das rodovias e levar para dentro do mar, fazendo o costado do Brasil de norte a sul”.

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