Por
Claudio Caterinque
Repórter

São Mateus – A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) afirmou na tarde desta segunda-feira (23), em resposta à Rede TC de Comunicações, que a direção do Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares (HRAS) investigará as circunstâncias que levaram ao falecimento de uma criança de 10 anos atendida por um falso médico na unidade hospitalar.

Na semana passada, a professora Alessandra Ferreira Marcelino procurou a Reportagem e relatou que a filha, Ana Luisa Marcelino Ferreira da Silva, de 10 anos, morreu 30 minutos depois de ser atendida por um homem que a Polícia Federal acusa de ser o falso médico. O caso aconteceu na madrugada do dia 12 de janeiro, uma segunda-feira.

A Sesa afirma ainda que também será investigada a regularidade da habilitação do profissional que atendeu a criança e que “remeterá o que for apurado às autoridades para providências cabíveis”.

O falso médico foi preso no dia 18 deste mês numa operação da Polícia Federal de São Mateus, Vitória da Conquista (BA) e do Amazonas que investiga prática ilegal da Medicina, falsificação de diploma de curso superior emitido por universidade estrangeira, bem como a transferência externa para universidades brasileiras, mediante apresentação de currículo falso.

Leia também:   Professores do Ceunes realizam ato de greve em São Mateus nesta quinta-feira

De acordo com a apuração da PF, o alvo do mandado de prisão em São Mateus matriculou-se em uma faculdade de Medicina na Bolívia onde estudou por um semestre. “Solicitou transferência para uma faculdade brasileira e adulterou os registros para que computassem, ao invés de seis meses, quatro anos de estudo. Concluiu os estudos e formou-se então médico. Vê-se que a faculdade brasileira foi vítima da ação do falso médico” – sustenta.

A PF afirma ainda que, no Espírito Santo, o homem foi contratado por diversas prefeituras do norte capixaba e também pelo Governo do Estado e, em salários nos últimos três anos, auferiu aproximadamente R$ 850 mil.

“Paralelamente, passou a recrutar estudantes e repetia o processo. Os enviava para estudarem por seis meses e falsificava a documentação quando da transferência para que o tempo de curso fosse abreviado. Pelos serviços de falsificação, cobrava entre 20 e 40 mil reais” – acrescenta.

DEFESA
A Reportagem tenta fazer contato com a defesa do acusado, mas nem na Delegacia de Polícia Civil, nem na Ordem dos Advogados do Brasil de São Mateus, foi possível identificar algum advogado do acusado. A TC continua à disposição para ouvir a defesa.

Leia também:   Mutirão de manutenção em São Mateus avança para o segundo mês de implantação

 

Foto do destaque: Divulgação

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here