A Secretaria Estadual da Justiça (Sejus) ampliará o uso de câmeras corporais no sistema prisional capixaba. Implantada em fevereiro de 2023 de forma pioneira no Estado, a ferramenta é utilizada por policiais penais que atuam como chefes de equipe e segurança nos presídios. “Após fase de teste, o objetivo é adquirir equipamentos mais modernos e com maior capacidade técnica”, acrescenta.
Atualmente, servidores das 37 unidades prisionais do Estado, incluindo a Diretoria de Segurança Penitenciária (DSP) e Diretoria de Operações Táticas (DOT) da Polícia Penal do Espírito Santo (PPES), fazem uso de 70 equipamentos.
O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, explica que, durante um ano, foi possível avaliar a eficiência das câmeras, “que permitem mais transparência na ação policial e legitimam a conduta do policial penal. A próxima fase será adquirir novos equipamentos”.
O secretário avalia essa fase de testes de forma positiva. “A tecnologia legitima a ação policial e, consequentemente, favorece a redução de denúncias e reclamações sobre excessos cometidos. É uma ferramenta que veio para ficar e nossa meta é ampliar o uso com a aquisição de mais duas mil novas câmeras corporais ainda neste ano. Buscamos uma solução ainda melhor que a atual, com melhor resolução de imagem e mais capacidade de armazenamento” – disse.
Auxílio na proteção
De acordo com a Secretaria de Justiça, as câmeras corporais auxiliam na proteção e fortalecimento da prova, na redução do uso da força e, consequentemente, na redução de denúncias e reclamações sobre excessos cometidos pelo policial penal. “É, sobretudo, um grande aliado do agente de segurança, pois protege o policial penal durante o exercício de suas atividades”, frisa.
O policial penal Cleone Nascimento, que é chefe de segurança na Penitenciária Estadual de Vila Velha 2 (PEVV2), no Complexo de Xuri, faz uso da ferramenta.
“O uso de câmeras corporais é uma segurança para o policial penal, pois documenta as ocorrências, fornecendo evidências objetivas em casos de alegações de má conduta ou abuso. Também vejo como um auxílio para a qualificação dos nossos procedimentos, pois as imagens podem ser usadas como ferramentas de treinamento, permitindo uma revisão das ações” – disse Cleone Nascimento.
As câmeras corporais utilizadas atualmente têm memória interna de 32 gigas e localização por GPS, resolução de imagem de 2.0 megapixels, sensor de gravidade 3D e autonomia de até 100 horas de gravação de vídeo e áudio.
Foto: Sejus/Divulgação