A secretária municipal de Educação, Edna Rossim, anunciou nesta quinta-feira (9), diversas ações em prol da valorização profissional do magistério da rede pública municipal. Algumas delas são: auditoria na folha de pagamento da Educação, pagamento de acordo com a graduação para os professores temporários contratados a partir de 2022 por meio de processo seletivo e pagamento de ticket alimentação para DT.

Em nota enviada à Reportagem, Edna Rossim afirmou ainda que a Secretaria deverá promover ajustes na extensão de carga horária, “sendo a economia revertida em forma de salário para o professor em 2022”.

Também informou que será feita a finalização dos estudos sobre a Lei 074 para encaminhamento ao prefeito e ao Sindicato dos Servidores Públicos de São Mateus (Sindserv), além da realização de um estudo de viabilidade para a compra de notebook para cada professor, “a serem entregues no Dia do Professor em 2022”, entre outras ações.

Em relação ao movimento do magistério, que já promoveu duas paralisações em São Mateus, uma no dia 25 de novembro e outra nesta quinta-feira, a secretária declarou que “não há razões legais que sustentem as duas paralisações dos professores promovidas pelo Sindserv, uma vez que há impedimentos legais para adequações do piso salarial neste momento e pagamento de abono ou outra forma de rateio”.

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Foto: Divulgação

Ela enfatiza que “os estudantes que já ficaram sem aulas presenciais por quase dois anos não podem pagar o preço da falta de entendimento dos impedimentos legais para se cumprir o piso salarial, que está defasado desde o ano de 2015”. Para Edna Rossim, “é preciso reconhecer que essa defasagem salarial não é fruto desta gestão”.

A secretária afirma ainda que “a Secretaria de Educação está aberta ao diálogo para sanar as dúvidas que ainda possam existir, uma vez que já enviou documentação para as escolas esclarecendo o impedimento por meio da Lei de Responsabilidade Fiscal e fez reunião com o sindicato, como também apresentou todos os impedimentos legais e o plano de trabalho na Câmara de Vereadores na última terça-feira”.

 

MANIFESTAÇÃO

O presidente do Sindserv, Herikson Locatelli, afirmou que cerca de 200 profissionais da educação se reuniram pela manhã na quadra do Centro de Vivência Amélia Boroto. Segundo ele, o protesto foi “contra a desvalorização profissional, a falta de diálogo e a constante tomada de decisões unilaterais”.

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Segundo o líder sindical, a categoria “está desde 2015 sem aumento salarial e desde 2016 sem receber decênios e progressões, que são direitos estabelecidos pela lei que trata do plano de carreira do magistério na rede municipal.”
Acrescentou que os profissionais desejam uma revisão do plano de cargos e salários e que ele foi feito “sem ouvir os professores”.

Outra pauta apresentada por Herikson é em relação a reformas de escolas. Sobre essa reivindicação, a secretária Edna Rossim afirmou que será iniciado processo destinando em 2022 o valor aproximado de R$ 20 milhões para obras.

Ao final da manifestação, uma comissão foi formada pelos profissionais da educação. Eles foram recebidos na sede da secretaria pela subsecretária, Elizangela Rocio, que explicou que a secretária Edna Rossim não poderia atendê-los porque naquele momento presidia a 1ª Conferência Intermunicipal de Educação do Norte Capixaba.

Por conta da manifestação, algumas escolas da rede municipal não tiveram aula na parte da manhã nesta quinta-feira.

 

Foto do destaque: Divulgação

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