A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), afirmou que faz nesta semana uma sequência de assembleias para discutir com os professores grevistas a proposta apresentada pelo Governo Federal.
De acordo com a Adufes, uma proposição será encaminhada para deliberação das bases, em rodada de assembleias que ocorrerão até a quinta-feira (25). “Em breve, a Adufes fará a convocação para a assembleia geral da categoria” – enfatiza.
A Reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Adufes para entender a situação da greve dos professores no Espírito Santo. Em resposta, a Associação lembrou que os atos da semana passada, com atividades de greve, foram as únicas ações ocorridas no campus de São Mateus.
“Foi realizado um café e os presentes avaliaram o movimento grevista, compartilharam dúvidas e receberam orientações. Na quinta-feira (18), houve nova atividade no pátio do campus, em frente à Secretaria Única de Graduação (Sugrad), quando docentes e estudantes se reuniram para a confecção de faixas e cartazes de greve e para avaliações sobre o movimento” – reforçou.
Foto: Adufes/Divulgação
Porém, a Adufes respondeu também que “não há levantamento sobre adesão em nenhum centro ou campus da Ufes. Há professores em greve e as disciplinas ministradas por esses docentes estão paradas, assim como outras atividades” – afirma.
GREVE
A Adufes afirma que segue a pauta nacional unificada, na qual os docentes pedem reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. Outra reivindicação é de reestruturação de carreiras.
Governo propõe aumento salarial de 9% em janeiro de 2025
O governo federal apresentou nova proposta para trabalhadores técnico-administrativos e professores das universidades e institutos federais em greve.
Na sexta-feira (19), representantes dos Ministérios da Educação e da Gestão se reuniram com os sindicatos representativos dos trabalhadores da educação federal.
O governo propôs aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026.
José Celso Cardoso, secretário de Gestão de Pessoas, disse que a recomposição das perdas dos servidores está sendo feita paulatinamente.
Também foi apresentada uma reestruturação no plano de carreira dos servidores das universidades e institutos federais, o que também era uma demanda das categorias.
O governo já havia formalizado uma proposta de reajuste nos auxílios alimentação, saúde e creche para todos os servidores federais.
Lucrécia Lacovino, coordenadora do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) disse que a proposta está aquém do pedido pelos servidores e que a orientação é seguir a greve.
Em nota, o Sindicato Nacional dos Docentes Instituições de Ensino Superior (Andes) afirmou que a movimentação do governo é tímida e que “a crescente mobilização dos servidores aponta que é possível conquistar mais”.
Os sindicatos devem agora realizar assembleias para votação da proposta do governo.
Foto do destaque: Adufes/Divulgação
