Vice-presidente de Operações da Seacrest, Juan Alves foi um dos palestrantes do Seminário de Óleo e Gás no Norte Capixaba. Ele destacou que a empresa, que opera desde dezembro de 2021 no Polo Cricaré, triplicou a produção de petróleo na área.
Conforme disse, a empresa recebeu o ativo com produção em torno de 700 barris de óleo/dia. Ele detalha que atualmente a produção está em torno de 2.100 barris/dia. Juan credita esse avanço à reativação de poços, à mão-de-obra e aos fornecedores locais.
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O vice-presidente de Operações avalia que a Seacrest encontrou uma cadeia robusta de fornecedores de materiais e serviços, com preços justos, com bastante experiência e qualidade, adormecida, mas preparada para dar uma nova escalada no desenvolvimento do petróleo onshore no norte capixaba.
Juan ressalta que as perspectivas para o futuro são as melhores, com foco neste momento no desenvolvimento dos campos do Polo Cricaré, para alavancar as produções. “Continuando com as campanhas de reativação de poços e futuras perfurações”, frisa.
Sobre o Polo Norte Capixaba, cuja venda da Petrobras para a Seacrest foi suspensa por 90 dias a pedido do Ministério de Minas e Energia, o vice-presidente de Operações disse que não estava autorizado a falar a respeito.
O Polo Norte Capixaba é composto pela Estação Fazenda Alegre, o Terminal Norte Capixaba e a Base 61, que é a antiga sede da Petrobras em São Mateus. A Seacrest teria adquirido todo esse conjunto, mas a transação não foi finalizada e acabou suspensa pela Petrobras para reavaliação. O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo tem contestado a transação, reivindicando ao novo governo federal que impeça sua concretização e mantenha a Petrobras à frente das operações do Polo Norte Capixaba e de todas as demais operações que ainda não foram privatizadas.
Foto do destaque: Wellington Prado/TC Digital