O município de São Mateus tem mais de 7.800 casos ativos de covid-19 de acordo com os dados apresentados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) no Painel Covid-19 do Espírito Santo. Conforme a atualização desta segunda-feira, São Mateus registrava 7.884 casos ativos (o resultado é a diferença entre a quantidade de casos confirmados, mortes e curados).
Segundo a matriz de risco estipulada pelo Governo do Estado, a quantidade de casos ativos elevada influencia na classificação do município no Mapa de Risco, atualizado semanalmente pelo governo estadual.
No entanto, de acordo com o secretário municipal de Saúde, Henrique Follador, deste total de casos ativos, mais de 4.200 são de pessoas que já estão curadas da doença. Ele explica que a fila de casos ativos é provocada pela alta das notificações e pelo afastamento de funcionários contaminados. Ele afirma que, com isso, o Município não consegue atualizar com maior agilidade os dados no Painel Covid.
Henrique Follador esclarece que, devido à grande demanda de notificações, o Município ainda está fazendo o encerramento das fichas. “Todos os municípios como Colatina, Linhares, Cachoeiro, São Mateus, estão em andamento do processo de encerramento dos casos que, devido ao grande volume, sobrecarregou os serviços de saúde. Os nossos esforços são nas ações de enfrentamento da pandemia, como testagem e vacinação da população. Agora, paulatinamente, os casos ativos serão encerrados”.
Segundo Henrique, se todas as fichas fossem fechadas ainda nesta segunda-feira (7), o Município ainda ficaria com 3.529 casos ativos, provocando uma redução neste coeficiente de 2.660 casos para 100 mil habitantes. Ele explica que ainda assim o Município não alcançaria a pontuação de abaixo de 193 no Mapa de Risco no que tange a casos ativos.
“Para reduzir a pontuação no mapa de risco, teremos que ter o máximo 198 casos ativos”.
De acordo com o secretário, mesmo que todas as fichas fossem encerradas em tempo, o Município continuaria com um elevado número de casos ativos. “Fechar os casos não mudaria o risco do Município no mapa”.
MATRIZ DE RISCO
A Matriz de Risco de Convivência considera no eixo de ameaça o coeficiente de casos ativos por município dos últimos 28 dias, além da quantidade de testes realizados por grupo de mil habitantes e a média móvel de óbitos dos últimos 14 dias.
Já o eixo de vulnerabilidade considera a taxa de ocupação de leitos potenciais de UTI exclusivos para tratamento da covid-19, isto é, a disponibilidade máxima de leitos para tratamento da doença. A estratégia de mapeamento de risco teve início em abril do ano passado.
ÓBITOS
O secretário ainda apresentou um relatório atualizado às 16h desta segunda-feira que aponta que o Município está com uma média de 1,7 morte por dia nos últimos 14 dias. Para ficar em risco baixo, a média de óbito deve ser de até 0,4 por dia em 14 dias.
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