Com experiência de mais de 30 anos de Petrobras, um industriário mateense avalia que a saída da estatal do norte do Espírito Santo é um retrocesso para São Mateus e região e para a própria empresa. Na entrevista, ele pediu para não ter o nome divulgado alegando que os comentários podem ferir normas internas da estatal. Mas disse que não poderia deixar de falar em nome dos colegas petroleiros que pensam como ele.

Na noite de sexta-feira (21), a Petrobras confirmou o início da etapa de divulgação da oportunidade (teaser), referente à venda da totalidade de participações em conjunto de cinco concessões de campos terrestres, com instalações integradas, denominada de Polo Norte Capixaba, abrangendo os municípios de São Mateus, Jaguaré e Linhares.

O petroleiro afirma que o processo de esvaziamento da Petrobras na região já tinha sido iniciado com a transferência de profissionais efetivos e redução de terceirizados.

Apesar de entender que São Mateus tem outros fatores de desenvolvimento econômico, sendo polo econômico e educacional na região, o petroleiro avalia que “o Município sofrerá um baque” com a saída total da estatal.

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Conforme disse, as empresas privadas e menores que adquirirem as concessões de exploração e produção de petróleo e gás não terão os mesmos compromissos ambientais e sociais da estatal, nem recursos para investirem em pesquisa e no desenvolvimento dos campos.

Ele relata que trabalha na Petrobras desde o período da ditadura militar e aponta que “o atual governo é o mais desastroso e está se desfazendo das riquezas nacionais”.

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