O 13º Batalhão da Polícia Militar de São Mateus é o anfitrião do 1º Curso de Patrulhamento em Áreas de Alto Risco, que reúne ainda policiais de outros batalhões e companhias independentes que compreendem o 2º e o 4º Comandos de Polícia Ostensiva Regional. As atividades iniciaram nesta segunda-feira (12) com duração de 15 dias.
A palestra inicial foi ministrada pelo comandante do Batalhão de Missões Especiais (BME), tenente-coronel Paulo Rogério do Carmo Barboza, que em seguida esteve na Rede TC de Comunicações, junto com o comandante do 13º BPM, tenente-coronel Jefson Coelho Correia.
O tenente-coronel Rogério destacou que mostrou aos militares a evolução das técnicas operacionais ao longo do tempo. Conforme disse, muitos conteúdos que atualmente estão sendo passados às tropas regulares, há cinco anos eram exclusivos às tropas de operações especiais.
Ele frisa que essa evolução ocorre devido à ousadia e aperfeiçoamento das formas de atuação de grupos criminosos, muitas vezes portando armas similares às da polícia. “A Polícia Militar precisa dessa preocupação de treinar o efetivo para fazer frente a esse tipo de criminoso”, ressalta.
O militar explica que o suporte do Batalhão de Missões Especiais no interior é difícil. Sendo assim, destaca a importância do curso para que as unidades de área, os policiais dos batalhões, possam ter condições de fazer frente e tentar mitigar os efeitos das ações criminosas.
Ataques em Santa Leopoldina
Sobre a necessidade de capacitação dos policiais do interior para casos de complexidade, o comandante do BME, tenente-coronel Paulo Rogério do Carmo Barboza, exemplifica os ataques a agências bancárias ocorridos em Santa Leopoldina em setembro, quando bandidos fecharam ruas, realizaram explosões e realizaram vários disparos.
“A gente tem que estar atento a esse tipo de situação. Eu, particularmente, julgava que aqui no Espírito Santo seria difícil uma ação como aquela, por ser um estado pequeno e a geografia nossa bastante acidentada, mas queimei a língua” – reconhece.
Neste sentido, o tenente-coronel enfatiza a importância do Curso de Patrulhamento em Áreas de Alto Risco. “Para quando surgir um acontecimento desta natureza, o policiamento poder fazer frente”, afirma.
ATIVIDADES DO CURSO
O tenente-coronel Paulo Rogério detalha que o Curso de Patrulhamento em Áreas de Alto Risco tem atividades teórica, mas na maior parte, são práticas. Os militares treinam conduta de patrulha a pé, justamente voltado para ações policias em locais onde a viatura não tem condições de acessar.
“O efetivo desembarca da viatura, monta uma patrulha e vai se deslocar para aqueles becos e vielas a pé, adotando determinadas condutas operacionais”, frisa. O tenente-coronel acrescenta que são treinadas técnicas especiais de tiros, técnicas de ação imediata.
“Justamente para os casos de surgir alguma ameaça iminente, aquela patrulha policial ter condições de reagir. E essa reação precisa ter a preocupação de mitigar efeitos colaterais. O curso dá aos policiais condições técnicas para analisar o cenário e oferecer uma resposta adequada, fazendo essa leitura de ambiente no sentido de evitar que terceiros, inocentes, sejam atingidos” – explica.
Comandante do Batalhão de São Mateus busca capacitação dos policiais
Comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Jefson Correia tem marcado a gestão dele pela busca de capacitação da tropa. Ele destaca que os militares da unidade já passaram por cursos de tiro noturno e treinamento de emboscada e contraemboscada. Em novembro, o Batalhão de São Mateus também sediou o Encontro de Gestores das Polícias Militares da Tríplice Divisa.
“Isso tem melhorado muito o resultado da tropa. Neste ano, tivemos 30% menos confronto que o ano passado, o que vai muito da capacitação” – analisa. O tenente-coronel adianta que a segunda edição do Curso de Patrulhamento em Áreas de Alto Risco já está previsto para 2023, para uma segunda turma.
Além do Batalhão de São Mateus, estão participando policiais dos batalhões de Nova Venécia, Barra de São Francisco, Colatina, Linhares e Aracruz, e as companhias independentes de Jaguaré e Pinheiros, unidades que compõem o 2º e o 4º Comandos de Polícia Ostensiva Regional.
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