A Polícia Federal no Espírito Santo deflagrou na manhã desta terça-feira (20) a Operação Folha de Conto, com o objetivo de investigar desvio de recursos públicos por empresa contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para a prestação de serviços de supervisão das obras na BR 262 no Espírito Santo.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da Polícia Federal, a operação teve a participação de cinco policiais, que cumpriram o mandado de busca e apreensão em Belo Horizonte/MG, na sede da empresa investigada.

“O nome da operação é um trocadilho com folha de ponto, pois na verdade a empresa investigada apresentava folha de ponto com informações falsas à autarquia federal contratante do serviço, ou seja, incluía nas medições encaminhadas ao órgão público contratante folhas de ponto de funcionários que não estavam de fato prestando serviços no local”, afirma a Polícia Federal.
ENTENDA O CASO
A Polícia Federal sustenta que foi apurado que “as medições dos serviços de fiscalização eram fraudadas através da inserção de dados falsos sobre a quantidade de prestadores de serviços da empresa e o número de veículos empregados no trabalho”.
Segundo a PF, “após identificação de irregularidades na execução do contrato, foi realizada fiscalização que emitiu Nota Técnica estimando um prejuízo de cerca de R$ 615.000,00 (a preço inicial) causado pela empresa investigada junto à autarquia contratante”.
Apura-se ainda, se as testemunhas dos fatos investigados foram ameaçadas para que prestassem informações inverídicas à Polícia Federal.
CRIMES INVESTIGADOS
Se comprovadas as informações, a PF enfatiza que os investigados responderão pelo delito de peculato, cuja pena varia de dois a 12 anos de reclusão, e ameaça, cuja pena varia de um a seis meses de detenção.