Por

Claudio Caterinque

Repórter

Em depoimento na tarde desta terça-feira (10) na Câmara de São Mateus, o prefeito Daniel Santana negou as acusações de ter praticado crimes na Prefeitura ou autorizado qualquer ilícito na administração pública municipal. Convocado, Daniel foi a última pessoa a ser ouvida pela Comissão Processante, aberta no início de novembro para apurar denúncia constante em um inquérito da Polícia Federal.

Diante dos membros da Comissão, o prefeito reafirmou que provará a inocência dele. Aniversariante do dia, Daniel Santana respondeu a todos os questionamentos feitos pelo relator, vereador Gilton Gomes, o Pia, pelo membro, vereador Cristiano Balanga, pelo presidente, vereador Carlinho Simião, e pelo advogado de defesa, Altamiro Thadeu Frontino Sobreiro.

Daniel foi questionado sobre a Operação Minúcios da Polícia Federal, que baseou a denúncia aceita pelos parlamentares resultando na instauração da Comissão Processante. Falou sobre as buscas ocorridas na casa dele e disse que está preparando a defesa, caso haja a abertura de um processo na Justiça.

 

Perguntado pelo presidente da Comissão se ele se considera um bom administrador, Daniel respondeu que sim. “Sou um ótimo administrador. Peguei uma prefeitura com R$ 70 milhões em dívidas e hoje tem R$ 50 milhões em caixa”, frisou.

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Ao longo do prazo de funcionamento, a Comissão ouviu diversas testemunhas, entre servidores da Prefeitura, secretários municipais, superintendente, delegado e agente da Polícia Federal no Espírito Santo, membro da Controladoria Geral da União, além de um produtor rural.

 

TRABALHO ÁRDUO

Em entrevista à Reportagem por telefone após o término da sessão, o presidente da Comissão Processante, vereador Carlinho Simião explicou que a oitiva do prefeito Daniel foi a última a ser realizada.

Ele disse que a defesa do prefeito Daniel Santana terá, a partir desta sexta-feira (11), prazo de 5 dias para apresentar as alegações finais. Depois, o relator, vereador Gilton Gomes, deverá apresentar o relatório para ser votado na Comissão na próxima semana. Neste caso, os três integrantes decidem se arquivam a denúncia ou se a encaminham ao plenário da Câmara Municipal para deliberação.

Segundo Carlinho Simião, o prazo de 90 dias de funcionamento da Comissão termina no dia 22 de fevereiro. Nesta data, numa terça-feira, ou seja, dia de sessão ordinária, o relatório, se aprovado na Comissão, deverá ser apresentado no plenário para votação de todos os vereadores.

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“Foi um trabalho árduo, difícil, noventa dias sem parar. Agradeço o trabalho de todos da Comissão, da Câmara, das advogadas e dos assessores. Torço por um bom resultado” – frisa Simião.

 

PERSEGUIÇÃO

Membro da Comissão, o vereador Cristiano Balanga destaca que os trabalhos resultaram em um processo com mais de 3.000 páginas, além dos documentos apresentados pelo prefeito Daniel na sessão desta quinta-feira e que devem ser anexados.

“Tudo isso está acontecendo por conta de um ato político. É perseguição contra o prefeito Daniel Santana” – afirma o vereador.

 

Foto do destaque: Reprodução

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