Nas ruas e avenidas da Cidade, o assunto é o mesmo: a pandemia de coronavírus (Sars-CoV-2). Em meio ao clima de apreensão e com alguns notadamente assustados, transeuntes que circularam pelo centro de São Mateus nesta quinta-feira (19) aprovaram as medidas tomadas pelos governos municipal, estadual e federal no enfrentamento ao novo vírus, sobretudo a que são direcionadas a eliminar aglomerações.
O aposentado Helson Almeida, 67 anos, disse que o momento é de precaução. Ele avalia que as medidas do governo e entidades estão certíssimas, como a suspensão de aulas e competições de futebol. “Se começar a agrupar, vai espalhar e vira uma coisa sem controle”, sustenta.
Para Helson, o Brasil está tomando medidas corretas e ele conclama a população a seguir as recomendações dos órgãos de saúde, sobretudo evitando sair de casa. Pela idade, ele tem evitado transitar pelas ruas, impondo por conta própria uma quarentena. A exceção foi nesta quinta (19), quando precisou ir ao centro da Cidade.
O supervisor de Vendas Daniel Araújo, 46 anos, disse que o momento é difícil. Ele salientou que trabalha numa multinacional que já demitiu 20% dos funcionários, além de suspender neste fim de semana as atividades dos demais trabalhadores por tempo indeterminado. Para Daniel, as medidas tomadas pelo Governo Federal são necessárias, mas foram tardias. No Estado, ele teme que o Hospital Roberto Silvares não consiga atender toda a demanda em caso de avanço do novo coronavírus.
O supervisor de vendas avalia como positivo o decreto de situação de emergência assinado pelo prefeito Daniel Santana e entende que as pessoas precisam evitar sair de casa, priorizando a saúde às questões financeiras. Ele entende que empresas comerciais, como os supermercados, devem funcionar em sistema delivery.
Algo devastador
Bacharel em Direito, Ingred Barbosa, 27 anos, avalia que a pandemia do novo coronavírus é “algo devastador”, que traz sérias consequências tanto para a economia, como para a vida social de todo o brasileiro. Ela acredita que as pessoas não estão levando a sério o problema e nem tomando as precauções necessárias.
Ingred acredita que as medidas tomadas pelos governos estão corretas, estimulando a população a não sair de casa e a tomar cuidado com a higiene pessoal. “Em relação à economia do Brasil, para as pessoas de uma classe de média para baixa, o governo está tendo posicionamento bom. Está incentivando o adiantamento de férias” – afirma. Ela cita, por exemplo, a suspensão das aulas, com a antecipação do recesso de julho. “Se cada um fizer sua parte e seguir certinho todos os decretos, vamos vencer”, vislumbra.
