LEONARDO SANCHEZ

CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) – No primeiro tapete vermelho do 76º Festival de Cannes, nesta terça-feira (16), o habitual público que se aglomera para ver de perto as celebridades estava diferente. Várias eram as pessoas que, além de canetas e celulares, seguravam também cartazes com os dizeres “viva Johnny”.

Era possível avistar os fãs de Johnny Depp na calçada e nas sacadas dos apartamentos ao redor, minutos antes da sessão do primeiro filme do ator após a disput a judicial que enfrentou contra a ex-mulher, Amber Heard.

A escolha de “Jeanne du Barry” para abrir Cannes foi coberta de polêmica desde o seu anúncio, devido às denúncias de violência doméstica que recaíram sobre Depp. Ele saiu vitorioso do tribunal americano, mas não ileso do tribunal das redes sociais.

O público e a indústria se dividiram entre os apoiadores dele, os dela e os de nenhum dos dois. Em Cannes, era possível ouvir na entrada para o teatro Lumière, onde a estreia de “Jeanne du Barry” acontece, homens e mulheres ensandecidos que gritavam “Johnny” –com muita ênfase na última letra do nome, cortesia do sotaque francês.

Foto: @johnnydepp / instagram

Ele parou várias vezes ao longo do tapete vermelho para tirar selfies e dar autógrafos e foi recebido, na escadaria que leva ao teatro, pelo diretor do festival, Thierry Frémaux, que disse estar interessado em Johnny Depo enquanto ator, não em sua vida pessoal.

Dentro do teatro, acompanhado da diretora Maïwenn, o ator foi recebido com uma salva de palmas longa. A câmera da transmissão oficial estava centrada em seu rosto a todo instante, e não no da cineasta, que além de dirigir também protagoniza o filme. Foi como uma redenção para alguém que, por pouco, não foi totalmente cancelado.

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