A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) emitiu Boletim Epidemiológico da Dengue na semana passada e, conforme tabela do Ministério da Saúde, São Mateus está classificado com a incidência alta. Os casos de dengue no município tiveram um aumento de 1.342% em quatro semanas, de acordo com o boletim da Sesa.

Na última semana de dezembro, a incidência de casos de dengue no Município era de 5,28 casos para 100 mil habitantes, e passou para 183,20 por 100mil/hab na semana passada, a terceira do mês de janeiro, representado o acréscimo de 1.342%.

O enfermeiro da Vigilância Epidemiológica Municipal, João Paulo Cola, afirma que entre os dias 1º e 30 de janeiro, foram registrados 118 casos de dengue em São Mateus. Ele ressalta que esse pico é comum nessa época do ano, devido ao tempo chuvoso e, ao mesmo tempo, quente, propício para a proliferação do Aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue e também da zica vírus e chikungunya.

O Ministério da Saúde reforça que a principal medida contra a dengue é a eliminação dos criadouros do mosquito. Daí a importância de receber os Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, que vão ajudar a encontrar e eliminar possíveis criadouros.
Foto: TC Digital

“Esse aumento de casos de dengue vem desde 2023 em São Mateus, que foi um ano epidêmico. Um aumento grande comparado com os anos anteriores. E em 2024 continua com essa crescente no número de casos. O aumento repentino nas últimas quatro semanas é porque se trata de uma época propicia” – frisa.

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“A dengue é uma doença sazonal. O início do ano, no Verão, é esperado esse pico de casos por causa do clima, que é muito chuvoso e, ao mesmo tempo, tem muito Sol. Isso faz com que aumente a proliferação de mosquito, o vetor. Ele gosta desse clima” – reforça.

João Paulo destaca que a Vigilância Epidemiológica emite alerta onde são demonstrados o avanço do número de casos, além de capacitar os profissionais para a atenção às pessoas que estão chegando para atendimentos com dengue.

“A gente sempre reforça para os profissionais da atenção básica, do pronto atendimento, a necessidade de eles olharem para esses pacientes com dengue e pensar que eles possam estar com a doença porque é uma clínica bem subjetiva. Manejar essas pessoas de forma correta para não agravarem o quadro, evitando assim óbitos por dengue. Se conseguirmos identificar pessoas com riscos ou sinais de agravamento, evitamos os óbitos no município” – explica.

Segundo João Paulo, a Vigilância Epidemiológica municipal atua com os agentes de endemias conscientizando a população porta a porta. Ele salienta que em dezembro houve um trabalho preventivo nas escolas. “Temos trabalhado muito com essa conscientização do controle do lixo e prevenção e combate ao vetor” – afirma.

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Ações estratégicas do Ministério da Saúde para enfrentamento das arboviroses

Com o período das chuvas e das altas temperaturas, e diante do alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o aumento das arboviroses em razão das mudanças climáticas ocasionadas pelo El Niño, somadas ao cenário nacional de reaparecimento dos sorotipos DENV-3 e DENV-4, o Ministério da Saúde coordena uma série de atividades preparatórias para a sazonalidade de 2024.

De acordo com o Informe Semanal das Arboviroses Urbanas da Pasta, entre as semanas epidemiológicas 1 a 3 deste ano, foram registrados 120.874 casos prováveis e 12 óbitos por dengue. Em 2023, houve a notificação de 44.753 casos prováveis e 26 óbitos no Brasil. O documento de acompanhamento do cenário nacional foi uma das iniciativas disponibilizadas para o monitoramento estratégico.

Em novembro, como parte das ações de comunicação regionalizada, o Ministério da Saúde lançou novas campanhas de mobilização social, voltadas à realidade de cada região do país e peculiaridades desse cenário epidemiológico. Em dezembro, foi instalada a Sala Nacional de Arboviroses, um espaço permanente de monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência das doenças. Com a medida, é possível direcionar as ações de vigilância de forma estratégica nas regiões mais afetadas.

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Outra iniciativa foi a realização da reunião nacional de preparação para o período de alta transmissão de arboviroses, com a participação dos 27 estados e 42 municípios. Em novembro, a pasta emitiu uma Nota de Alerta sobre o aumento de casos de dengue e chikungunya no território nacional.

Para apoiar estados e municípios nas medidas de prevenção e controle, o Ministério da Saúde repassou R$ 256 milhões para todo o País, em uma ação de reforço do enfrentamento da doença. Do valor total, R$ 111,5 milhões foram transferidos ainda em 2023, em parcela única para fortalecer a vigilância e a contenção do Aedes aegypti –sendo R$ 39,5 milhões para estados e Distrito Federal e outros R$ 72 milhões para municípios. Além disso, haverá repasse de R$ 144,4 milhões para fomentar ações de vigilância em saúde em todo o País.

 

ELIMINAÇÃO DE CRIADOUROS

O Ministério da Saúde reforça que a principal medida é a eliminação dos criadouros do mosquito. Daí a importância de receber os Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, que vão ajudar a encontrar e eliminar possíveis criadouros. Para 2024, também está em andamento a pactuação de apoio assistencial aos estados em situação de emergência.

 

Foto do destaque: TC Digital

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