SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – O governo federal colocou sigilo nos nomes de visitantes recebidos por Lula no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.
O GSI alegou que o pedido de registros de acessos não poderia ser aceito porque eles “possuem classificação sigilosa no grau reservado” desde o dia da posse.

O órgão lembra sobre a possibilidade de recurso, no prazo de 10 dias. Casos de sigilo têm sido pauta desde a campanha eleitoral, quando Lula prometeu “revogaço” dos sigilos de cem anos impostos pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre temas considerados sensíveis pelo governo federal.

SIGILO DE VISITAS A MICHELLE DERRUBADO
Este foi o primeiro dos sigilos de 100 anos impostos por Bolsonaro revertido pelo governo petista. A relação foi obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo. Antes, a solicitação feita por cidadãos com base na LAI foi negada, sob a alegação de serem dados pessoais protegidos por questões de segurança.

Michelle recebeu 565 visitantes entre 2021 e 2022. Na lista, há pastor, cabeleireira, personal stylist, entre outros.

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A liberação veio após a eleição de Lula, quando a CGU passou a revisar os sigilos. No caso dos visitantes da ex-primeira dama, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) tomou a iniciativa e liberou os documentos antes de a Controladoria terminar a análise.

Governo Bolsonaro impôs sigilo para “temas sensíveis” desde 2021, quando o Palácio do Planalto vetou, por exemplo, a divulgação de dados sobre o cartão de vacinação do mandatário.

Foto: Alessandro Dantas/TheNews2/Folhapress

VISITAS A BOLSONARO NO PLANALTO
Também foram liberados dados sobre visitas a Bolsonaro no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. As informações foram obtidas pela agência de dados Fiquem Sabendo e divulgadas pelo Estadão. Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, esteve pelo menos 141 horas no gabinete pessoal do pai entre outubro de 2019 e junho de 2021.

Jair Renan, conhecido como 04, somou 151 horas em visitas em dois anos.
Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal, esteve no Planalto ao menos quatro vezes, somando 7 horas.

Flávio Bolsonaro (PL), senador, não aparece nos registros de visitas ao gabinete pessoal do pai.

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