Candidatas à reitora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a atual vice-reitora Ethel Leonor Noia Maciel e a professora Gláucia Rodrigues de Abreu defendem o desenvolvimento do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes) com implantação de novos cursos, incluindo o de Medicina. As duas participaram de debate nesta sexta-feira (25), no auditório central do Ceunes, organizado pela comissão de pesquisa informal formada por membros do corpo docente, técnico administrativo e estudantil da Ufes.

Atual vice-reitora, a candidata à reitora Ethel esteve acompanhada do candidato a vice-reitor, Roney Pignaton. Foto: Wellington Prado/TC Digital

Em relação a novos cursos, Ethel frisou que é entusiasta, junto com o professor Roney Pignaton, candidato a vice-reitor na chapa dela, do Curso de Medicina em São Mateus. No entanto a candidata frisou que para isso acontecer depende de uma conjuntura que envolve o Governo Federal. Ethel adiantou que a chapa propõe buscar este e outros cursos, “porque tem intuito desenvolver os campi fora de Vitória”.
A candidata Gláucia, que esteve no Ceunes acompanhada do candidato a vice-reitor Alvim Borges da Silva Filho, frisa que o norte capixaba tem potencial enorme para receber o Curso de Medicina e outros, inclusive de pós-graduação. Ela lamentou que o processo do Curso de Medicina ainda não avançou, mas adianta que, na reitoria, apoiará a criação.

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A candidata à reitora Gláucia esteve acompanhada do candidato a vice-reitor Alvim Borges da Silva Filho. Foto: Wellington Prado/TC Digital

DESCENTRALIZAÇÃO
Ethel Leonor relata que a chapa optou por um candidato a vice-reitor de dentro do campus de São Mateus, o professor e ex-diretor do Ceunes Roney Pignaton, com o objetivo da descentralização. Ela propõe uma reforma administrativa, que permita mais autonomia administrativa, financeira e de calendário ao Ceunes e também ao campus de Alegre. “Outro ponto é aproximar os centros da Administração Central da Ufes, fortalecendo os gabinetes itinerantes e colocando os pró-reitores mais presentes nos campi do interior”, frisou.

RENOVAÇÃO
A candidata Gláucia Abreu destacou que a chapa dela tem ciência da importância do Ceunes para o desenvolvimento do Estado e da própria universidade. Pregando a renovação de gestão, ela reafirmou o comprometimento em dar mais autonomia ao Centro. Gláucia lembrou do anseio do Ceunes ser transformado na segunda universidade federal do Estado, algo que acredita ser possível e viável. Ela lamentou que o projeto “não evolui na atual gestão”.

SURAMA
Além de Ethel e Gláucia, a professora Surama Azevedo Freitas também é candidata a reitora da Ufes. Surama decidiu não se inscrever na pesquisa informal. Os conselhos superiores da Ufes escolherão, no dia 5 de dezembro, os nomes que comporão a lista tríplice a ser enviada para o Ministério da Educação para que o Presidente da República faça a nomeação da nova reitoria da Ufes.

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Técnicos, docentes e estudantes participaram do debate no Ceunes. Foto: Wellington Prado/TC Digital

ARTE E CULTURA
As candidatas Gláucia Rodrigues de Abreu e Ethel Leonor Maciel propuseram ações voltadas a arte e a cultura no Centro Universitário Norte do Espírito Santo. Gláucia relatou que o objetivo é resgatar projetos culturais, como o Ufes no Porto, além de reformar o auditório central para que sirva de palco para ações culturais de dentro e de fora da comunidade acadêmica. Ela acrescenta a proposta de construir uma área de convivência para alunos, técnicos e docentes. Ethel destacou que, “com pouco mais de recursos do que atualmente”, a Ufes realizou projetos como Ufes no Porto e Ufes na Praia em São Mateus, entre 2015 e 2017. Ela propõe criar um laboratório de inovação, com escritório de projeto, para captar recursos governamentais e não-governamentais e impulsionar ações de cultura, movimentando as comunidades dos campi de São Mateus e de Alegre.

CENÁRIO
As candidatas relatam que o cenário atual econômico e político é desafiador para as universidades. Gláucia entende que é necessária uma gestão na Ufes eficiente, transparente e mais independente. Ethel salienta que será necessário impor ainda novas e criativas ações para captar recursos.
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