Mulheres que lutam contra o câncer de mama no Espírito Santo são unânimes em afirmar que a prevenção é fundamental para o diagnóstico de tumores precoces, o que aumenta as chances de cura da doença. Elas já superaram a fase mais dura do tratamento com amor e coragem, seguindo um só mantra: o de nunca desistir.

“Digo para mulheres que estão iniciando os cuidados médicos para focar no tratamento e deixar a negatividade de lado, por mais difícil que seja. Fases ruins passam e eu sou a prova viva que passa” – afirma Karina Constantino Duarte, 34 anos, que trabalha com fotografia.

Ela enfrentou o câncer de mama no seio direito em 2019, passou por cirurgia e radioterapia. Atualmente, faz acompanhamento periódico com oncologista e mastologista.

 

RESILIÊNCIA

A resiliência, que é a capacidade de adaptar-se a mudanças e superar obstáculos sem esmorecer, é o lema da assistente social Elizabeth Fernandes, 53 anos, que luta contra um tumor de mama há 16 anos.

Elizabeth Fernandes luta contra um tumor de mama há 16 anos com resiliência e alegria de viver.
Foto: Divulgação

Ela descobriu o câncer em 2005 ao notar um caroço no seio esquerdo. Foi submetida a uma mastectomia radical com reconstrução imediata e passou por quimioterapia. Em 2014, a doença voltou com metástase no esterno (osso no meio do tórax) e pulmão esquerdo.

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Desde então, Elizabeth passa por sessões de quimioterapia, alternando com radioterapia quando recomendado.

“Perder a mama não é fácil, mas hoje a reconstrução mamária é uma cirurgia que consegue chegar bem próximo da perfeição. Assim também como a perda dos cabelos, eles voltam com toda força, é apenas um período” – afirma Elizabeth, que recomenda não ouvir relatos negativos sobre os tratamentos.

“A quimio e a radioterapia são hoje muito bem toleradas pelo organismo com os avanços da medicina. Não deixem o desespero e o desânimo tomarem os espaços da vida” – completa.

Essa força também move a advogada Edijanira Zuliane Campos, 47 anos. Ela descobriu a doença em 2015. Depois de passar por sessões de radioterapia e quimioterapia, superou o tumor no seio direito e segue em acompanhamento com medicação oral e imunoterapia.

Edijanira tratou o câncer e hoje faz acompanhamento com medicação oral e imunoterapia.
Foto: Divulgação

“Uma coisa que gostaria de dizer para quem está enfrentando o câncer de mama é que se tiver que escolher, escolha ser forte”, afirma Edijanira.

 

AUTOESTIMA

A pedagoga Priscyla Mara de Assunção Soares Machado, 41 anos, percebeu um caroço ao fazer o autoexame no seio direito e iniciou o tratamento em 2018. De lá para cá, descobriu o dom de falar e já ministrou palestras sobre autoestima e prevenção para mais de mil mulheres de Linhares, Sooretama e Colatina.

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Priscyla descobriu a doença através do autoexame.
Foto: Divulgação

Em agosto de 2020, Priscyla passou por uma cirurgia de reconstrução mamária.

“A vida é única e precisa ser vivida em toda sua plenitude, ainda que para isso choremos e lutemos contra uma doença tão dura… lutar é preciso!” – afirma Priscyla, que atualmente faz acompanhamento com aplicação de dois anticorpos venosos e medicação oral.

Enfermeira e empresária no ramo de home care, Elizabeth Cupertino, 58 anos, terminou o tratamento há um ano no seio esquerdo e atualmente faz acompanhamento com oncologista. Ela descobriu a doença graças a um exame anual de rotina: a mamografia.

“Prevenção é garantia de 99% de cura. Que nós mulheres, não deixemos de fazer os exames preventivos, pois eles salvam vidas”, afirma.

Todas essas mulheres fizeram tratamento no Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) e compartilham as experiências com outras mulheres que estão lutando contra o tumor mamário.

 

Foto do destaque: Divulgação

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