Apesar de chamar atenção pelas cores vívidas, as caravelas-portuguesas apresentam riscos à saúde de banhistas neste Verão. Isso porque essa espécie possui toxinas em seus tentáculos que, ao entrar em contato com a pele, causa queimadura e coceira intensas. O alerta é da médica paulistana Gisele Abud, diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) Zona Leste, localizada na região litorânea de Santos (SP).

“A presença de caravelas na região litorânea é mais comum durante o Verão, quando as águas estão mais quentes, favorecendo sua reprodução. Além disso, a pesca predatória, que diminui seus predadores, também pode favorecer o aumento do aparecimento de caravelas nas praias” – observa.

Gisele Abud indica que os banhistas tenham cuidado após serem atingidos pelo animal. “É muito importante que a pessoa atingida não coce a região, pois além da substância tóxica, as caravelas também soltam pequenos espinhos que, ao entrar em contato com as mãos, podem se espalhar em outras partes do corpo à medida que o banhista se coce” – alerta a profissional.

Segundo o recomendado pelo Ministério da Saúde, os primeiros cuidados pedem: Lavar o local afetado com a própria água do mar; lavar abundantemente o local com vinagre sem esfregar a região acometida; NÃO usar água doce ou urina para lavar o local, isso pode aumentar o inchaço e causar ardor; procurar assistência médica para avaliação clínica do envenenamento.

“Em caso de acidentes graves, há indicação de atendimento de urgência. Ao avistar uma caravela é indicado não a tocar. Caso haja contato, o indivíduo pode sentir fortes dores, inchaço, vermelhidão no local afetado e sensação de queimadura. Elas têm células microscópicas que provocam dor intensa. Os envenenamentos podem comprometer o sistema respiratório e até cardíaco, podendo levar à um quadro fatal” – lembra Gisele Abud.

As mesmas orientações também valem para outras espécies de águas-vivas.

Foto do destaque: Divulgação

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