Passageiros reclamam de falta de infraestrutura mínima num ponto de ônibus instalado, provisoriamente, próximo da Companhia da Polícia Militar em Guriri. Como o trânsito de ônibus está interrompido na Avenida Governador Eurico Resende (Avenida Guriri), na área central, os coletivos deixam de passar por dois pontos, próximo à Praça Wilson Gomes e ao lado do local onde havia uma cascata. Dessa forma, os ônibus entram direto da Avenida Esbertalina Barbosa Damiani para a Rodovia Othovarino Duarte Santos, com a primeira parada próximo à PM.
De acordo com quatro pessoas ouvidas pela Rede TC nesta segunda-feira (7), o local deveria ter recuo para a parada dos veículos e abrigo para os passageiros, o que tem provocado muitas reclamações. Além de relatar esses problemas, ainda apontaram outras situações que consideram irregulares e fizeram sugestões. A principal reivindicação é para a instalação de um abrigo no local, mesmo que seja também provisório.
“É um incômodo. Mas fazer o quê, a gente precisa” – comentou a diarista Edjane Jesus Santos, moradora do Bairro Pedra D’Água. Ela relata que precisa pegar ônibus cinco vezes por semana porque presta serviço em três residências em Guriri. De segunda a sexta-feira, necessita embarcar no local. Para não ser tão castigada pelo Sol escaldante, Edjane aproveita a sombra de uma árvore do outro lado da Rodovia Othovarino Duarte Santos, o que provoca um novo problema. “Quando a gente vê o ônibus, atravessa a rodovia de pressa, correndo o risco até de ser atropelada. Isso aqui não é ponto. Está muito complicado”.
Também moradora da Pedra D’Agua, Juvete Ferreira, que trabalha numa padaria da Ilha, concorda que o local não é ponto de ônibus e, por esse motivo, não tem infraestrutura. “O ônibus para no meio da rua e ainda tem uma ciclovia aqui. Estava observando que o carro para o trânsito. Tinha dois ônibus parados aqui embarcando passageiros e uma fila de carros atrás esperando. Eu tive que atravessar correndo na frente do ônibus. Tem que mudar o local, construir um ponto digno, tirar as pessoas do Sol” – sugeriu.
Morador de Teixeira de Freitas (BA), o aposentado Paulo Lopes Lima também ficou revoltado com a situação. Ele chegou ao antigo local de embarque e, quando descobriu que estava desativado, demonstrou a indignação. “Ninguém é obrigado a ficar neste Sol. Concordo em mudar o ponto por conta do movimento. Agora acabar com o ponto coberto e não fazer outro é difícil de entender. Tinha que ter ao menos uma cobertura. O problema é que o pessoal aceita tudo que fazem e fica por isso mesmo” – desabafou.
Trabalhando como guarda-vidas em Guriri, Carlos Antônio dos Santos, morador do Bairro Porto, também considera o ponto de ônibus irregular. “Estão deixando a desejar. Não tem uma guarita para abrigar o pessoal e a gente acaba ficando no Sol. Tinham que olhar por nós. Mais respeito, por favor”.
Concessionária afirma que mudança de ponto acontece em acordo com a Prefeitura
Responsável pelo transporte coletivo urbano em São Mateus, a Viação São Gabriel afirma que a mudança no principal ponto de Guriri nesta época acontece há vários anos e é feita em comum acordo com a Prefeitura. O encarregado de Tráfego Clóvis José Fachetti Neto afirma que a construção de abrigos em pontos de ônibus na Cidade é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras, Infraestrutura e Transporte.
Clóvis explica que foi feito um ajuste nos horários para compensar o tempo maior das viagens entre Guriri e o centro da Cidade, por causa das obras do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem na Rodovia Othovarino Duarte Santos, na altura do Bairro Rio Preto. Ele disse que os veículos não estavam conseguindo fazer o percurso dentro dos horários e foi adicionado mais um ônibus na linha.
O encarregado afirmou ainda que este novo itinerário, para funcionar durante o Verão, pode ser efetivado, de acordo com os resultados. Com isso, houve ajuste em alguns horários saindo de Guriri. No entanto, segundo ele, os coletivos continuam passando nos pontos com intervalo de 20 minutos.
Ele frisou que foi incluído também mais um veículo na linha expressa, entre Guriri e o Bairro Posto Esso. Desta forma, a linha que antes era feita de hora em hora, passou a ser a cada meia hora.
SECRETARIA
A Rede TC tentou entrevistar o secretário Valter Pigati, no entanto ele não atendeu às ligações e nem foi encontrado no Centro Administrativo da Prefeitura e nem na sede da Secretaria de Obras, Infraestrutura e Transporte. Até o fechamento desta página, não houve respostas às mensagens enviadas ao telefone celular dele.
São Mateus–ES
Se fosse só essa a reclamação de moradores de Guriri! Cadê as faixas de pedestres? As ruas calçadas com valetas e as sem calçar esburacadas e poeirentas? Dinheiro pra barulho de trio elétrico tem!