Secretário estadual de Inovação e Desenvolvimento, Tyago Hoffmann afirma que ainda é cedo para ter uma dimensão exata, mas a exploração de sal-gema representa um novo marco de desenvolvimento no norte do Espírito Santo.

A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) confirmou, na quinta-feira (23), que quatro empresas ganharam o leilão da Agência Nacional de Mineração (ANM) e ficarão responsáveis por explorar 11 áreas de sal-gema no norte do Espírito Santo, sendo nove delas em Conceição da Barra.

“O sal-gema é uma riqueza muito importante e temos acompanhado esse debate. É uma concessão para exploração que é federal, mas nós estamos atuando com o Governo Federal, através da bancada federal. O líder da bancada, [deputado federal] Da Vitoria tem ajudado muito nesse debate” – frisou o secretário em entrevista à Rede TC de Comunicações.

Tyago destaca que participou junto com a Findes do seminário onde foram apresentadas as potencialidades das jazidas de sal-gema no norte do Estado, estimulando empresários para que participassem do leilão.

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PETROBRAS

Sobre os impactos e vazio econômico deixado pela saída da Petrobras do norte, que por quase 50 anos exerceu forte influência na economia de São Mateus, o secretário reconhece que, “realmente há um primeiro impacto”, mas entende que, “a médio prazo, a venda dos poços para a iniciativa privada terá reflexos positivos”.

Na avaliação dele, “não há interesse da estatal em desenvolver os poços, que já são pouco produtivos para uma empresa do porte da Petrobras”. Contudo, segundo ele, “empresas privadas de porte menor terão mais interesse em desenvolver e aplicar novas tecnologias e, com isso, gerar royalties para os municípios e mais empregos”.

O secretário ressalta que a Sectides tem, junto com a Findes, estimulado a Petrobras a passar esses campos de menor produção para a iniciativa privada, para que ela utilize novos métodos e possa dar sobrevida à exploração de petróleo em terra no norte do Estado.

O sal-gema é importante insumo para vários segmentos industriais. (Jacqueline Macou-Pixabay/Divulgação)

“Precisamos evoluir para
termos portos de cargas gerais”

Na entrevista, Tyago Hoffmann detalhou ainda que a Secretaria de Inovação e Desenvolvimento acompanha todos os investimentos estruturantes no Espírito Santo. Dessa forma, disse enxergar ser importante o projeto do complexo portuário da Petrocity, previsto para ser construído em Uruçuquara, além de mais dois projetos em desenvolvimento pela Imetame, em Aracruz, e outro em Presidente Kenedy.

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Tyago Hoffmann: “O sal-gema é uma riqueza muito importante e temos acompanhado esse debate”. (Wellington Prado/TC Digital)

Conforme disse, no Estado existem portos de cargas específicas como o da Suzano, em Aracruz, e da Vale e da Arcelor, na Grande Vitória, além de um porto de cargas gerais na Grande Vitória. Com este último, afirma que tem encontrado dificuldade em relação ao calado.

Tyago Hoffmann explica que navios utilizados na exportação atualmente cresceram de tamanho, o que gera dificuldade para eles atracarem na baía de Vitória.

“Precisamos evoluir para termos portos de cargas gerais no Espírito Santo, o que é o foco do porto da Petrocity”.

Ele explica que, sem portos de cargas gerais compatíveis com a demanda atual, cargas que poderiam chegar ao Brasil pelo Estado, gerando assim receita ao Espírito Santo, seguirão para outros portos, como o de Santos.

“Então, a gente acompanha com muito detalhe, colaborando com três investimentos portuários. O porto Petrocity é muito importante não só para o norte, mas para todo o Estado”, frisa.

O complexo portuário em Uruçuquara é um projeto da Petrocity Portos. (Divulgação)

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