Um setor que traz grande orgulho para docentes mateenses é o da Educação. Além das dezenas de unidades educacionais desde a educação infantil ao ensino médio, sejam públicas ou particulares, o Município conta ainda com unidades de ensino superior federais e da iniciativa privada, que oferecem inúmeros cursos de qualidade reconhecidos nacionalmente.

Para falar sobre o tema, a Rede TC de Comunicações ouviu duas profissionais da área, uma com mais experiência e outra mais jovem na missão de educar.

Natural de São Gabriel da Palha, professora há 40 anos, dos quais 21 de atuação em São Mateus, Luzia Vago de Santana, de 60 anos de idade, é efetiva da Secretaria Municipal de Educação. Ela atua também em escolas da rede privada. Luzia orgulha-se em dizer que acompanhou e contribuiu para a evolução educacional do Município.

Relata que no início dos anos 2000 houve, pela primeira vez, a preparação de técnicos que acompanhariam as escolas e o trabalho dos professores de perto com o intuito de levantar as situações de aprendizagem e, assim, criar estratégias de correções de aprendizagem.

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“A partir de agosto de 2001 trabalhamos intensamente na gestão com a correção do fluxo escolar para reorganizar a alfabetização no Município dos anos iniciais” – lembra.

Desde então, ela destaca que os avanços têm sido sempre “consideráveis” e “crescentes” na aprendizagem dos estudantes. Ações, que de acordo com Luzia, são fortalecidas pelo apoio dos vários entes envolvidos.

Na opinião da professora, a proximidade dos gestores da Educação com o ambiente escolar de fato é primordial. “A interação junto à escola, pertinho do pedagogo, dos professores e do aluno, facilita”.

 

A pandemia do novo coronavírus trouxe grandes maiores desafios para a educação.

 

Ferramentas tecnológicas vieram para ficar, argumenta

Em relação às mudanças tecnológicas implantadas rapidamente nos sistemas de ensino por causa da pandemia do novo coronavírus, Luzia observa: “O profissional da Educação precisou, com muita rapidez, reaprender e renovar as suas metodologias a partir das ferramentas tecnológicas”. O que, segundo a professora, “veio para ficar”.

Apesar do êxito desse novo tempo na Educação, Luzia considera que alguns pontos merecem maior atenção. Como é o caso da aprendizagem das turmas de 1° ao 5º ano do ensino fundamental.

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Devido ao formato totalmente online durante a pandemia, considera que existe dificuldades na avaliação, “de forma assertiva”, quanto ao nível de aprendizagem dos alunos. “Nós não temos hoje um parâmetro de como estão as nossas crianças de fato em relação à leitura e escrita”.

 

Da biblioteca física ao mundo na palma da mão

 

Atuando há pouco tempo na área da educação em São Mateus, mas não com menos experiência, Jardiléia Pereira Borges, de 34 anos, leciona nas redes municipal e privada desde 2013. Atualmente ministra aulas de Língua Portuguesa, com ênfase em produção de texto, comunicação e expressão, em turmas de ensino fundamental, superior e pré-Enem. São oito anos dedicados à aprendizagem vivenciando os sacrifícios e gozo da profissão.

 

Para a professora Jardiléia Borges, as tecnologias são fundamentais na evolução do ensino.
Foto: Divulgação

Jadi, como é conhecida no ambiente escolar, faz um paralelo entre o período em que era estudante e agora, como docente, em relação às mudanças tecnológicas e a evolução no ensino. “Antes, para pesquisas, íamos às bibliotecas. Hoje, a biblioteca está na palma da mão” – compara. “O problema ainda é o acesso universal”, pondera.

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Segundo ela, o ensino público ainda precisa evoluir nesta questão e considera o momento oportuno para a mudança. No entanto, avalia que sem acesso às novas tecnologias, “não se chega ao conhecimento”. Defende políticas públicas “para que não só o professor tenha os recursos, mas que os alunos também”.

Para Jadi, as tecnologias são fundamentais. Cita o momento pandêmico e a mudança repentina no formato de execução das aulas como um dos maiores desafios da educação moderna. “Nós, professores, tivemos que aprender pela necessidade. Considero muito importante priorizar a evolução do conhecimento em todas as áreas e passar esse conhecimento para o aluno”.

 

Educadores aprovam os avanços no ensino, mas defendem maior acesso às novas tecnologias, tanto para professores quanto alunos.
Foto: Patricia Prudente-MCFG/Divulgação

No passado, uma dificuldade citada pela docente era levar as práticas inovadoras para dentro das salas de aula. Com o advento tecnológico, considera que essa barreira foi superada. De acordo com Jadi, na atualidade existe uma visão diferenciada dos conteúdos. “Quando pensamos em torno da tecnologia, temos novas oportunidades que surgem entre a teoria e a aplicação do conhecimento”.

 

Foto do destaque: Divulgação

 

 

 

 

 

 

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