Por

Siumara Gonçalves

Findes

 

A produção industrial do Espírito Santo cresceu 3,6% nos dois primeiros meses de 2022, frente ao mesmo período do ano passado. Com o saldo positivo, o Estado teve o segundo melhor resultado entre os 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF), do IBGE, ficando atrás apenas de Mato Grosso (26,5%). A média da indústria nacional foi de -5,8%.

Os dados apresentados pelo IBGE nesta sexta-feira (8) foram compilados pelo Observatório da Indústria da Findes.

A economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva, aponta que o resultado foi impulsionado pelo desempenho da indústria de transformação (9,3%), com destaque para a indústria de alimentos, que teve aumento de 44,9%.

“Entre os produtos pesquisados pelo IBGE, bombons de chocolate, refrescos e sucos e massas alimentícias tiveram a produção aumentada no primeiro bimestre desse ano”, comenta.

Além do setor de alimentos, a metalurgia (2,6%) e a fabricação de celulose e papel (2,7%) também cresceram nos dois primeiros meses do ano. O único resultado negativo entre as atividades da transformação foi o de produtos de minerais não-metálicos, que recuou 9,6%.

Já a indústria extrativa (-8,0%) caiu no primeiro bimestre do ano, puxada pela menor produção de petróleo e gás natural, ao passo que a atividade de pelotização do minério de ferro aumentou. (Com informações do Observatório da Indústria da Findes)

 

FGTS e a redução das alíquotas do IPI podem estimular demanda interna, analisa presidente da Findes

A presidente da Findes, Cris Samorini analisa que “em um contexto nacional geral, apesar do aumento da inflação e elevada taxa de juros, que comprometem o poder de compra das famílias brasileiras, a liberação do FGTS e a redução das alíquotas do IPI, que exercem um efeito parcial sobre o preço final dos bens, podem estimular a demanda interna”.

No caso do País, a produção industrial acumulou queda de 5,8% no primeiro bimestre do ano, frente ao mesmo período do ano passado. Tanto a indústria extrativa (-3,2%) quanto a de transformação (-6,1%) recuaram no período. Esta queda é explicada não só pelo menor desempenho dos primeiros meses de 2022 frente ao ano passado, como pela melhor base de comparação do início de 2021.

“Como consequência dessa queda, esse setor se encontra 2,6% abaixo do patamar de antes do início da pandemia, em fevereiro de 2020”, observa a economista-chefe da Findes.

 

FEVEREIRO

Apesar do dado no acumulado de janeiro e fevereiro ser positivo, quando olhamos apenas para o mês de fevereiro ele teve uma variação negativa (-0,4%).

“O Estado apresentou resultados opostos aos do Brasil. Enquanto o Espírito Santo registrou leve recuo em comparação com janeiro, o país cresceu. No primeiro bimestre do ano, frente ao mesmo período do ano passado, a indústria capixaba cresceu e a nacional recuou”, explica Marília.

A indústria nacional cresceu 0,7% em fevereiro na comparação com janeiro de 2022, na série com ajuste sazonal. O resultado foi fruto da maior fabricação de alimentos (2,4%), de produtos farmoquímicos (12,7%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,2%) e pela indústria extrativa (5,3%), que havia recuado em janeiro devido às chuvas que atingiram Minas Gerais naquele mês. (Com informações do Observatório da Indústria da Findes)

COMPARTILHAR

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here