Mateense, ex-morador do Bairro Santo Antônio, Washington Prado de Asevedo, há 16 morando na Europa, afirma que a situação em Portugal está sob controle e que o governo português tem dado toda a assistência para a população, inclusive para estrangeiros, legais ou ilegais. A preocupação dele está no Brasil. De acordo com Washington, as notícias que chegam na Europa de São Mateus por meio do portal TC Online (tconline.com.br), para ele são preocupantes.

“As pessoas não estão acreditando, não estão respeitando o distanciamento”, pontua. Washington reside atualmente em Matosinhos, na Área Metropolitana do Porto. Ele argumenta que a rotina não foi alterada completamento por conta do distanciamento social porque o estilo de vida que leva com a família é mais caseiro. “Não somos de sair muito, ir a praças, ou na casa do vizinho. Aqui não se vê crianças nas ruas, como acontece no Brasil” – emenda.

De acordo com ele, como trabalha numa empresa multinacional e tem a situação civil legalizada no país europeu, apesar de não estar trabalhando, consegue receber o salário integralmente. Isso porque o governo português paga 70% do salário dele e a empresa complementa os 30% restante.

Washington reforça que até mesmo os imigrantes ilegais poderão ser beneficiados temporariamente pelos programas sociais do governo português. Para o estrangeiro sem trabalho e que tenha contribuído com a seguridade social, há o subsídio de desemprego de pouco mais de 500 euros (em torno de R$ 2,8 mil). “Para quem tem este subsídio terminando, foi prorrogado por tempo indeterminado”.

ROTINA NO ISOLAMENTO

Para tentar driblar a monotonia do confinamento, Washington explica que a família dele, que inclui a esposa e um filho de 12 anos, tem um cronograma diário que envolve desde os afazeres domésticos, até uma rotina de estudos. O filho aproveita para estudar pela manhã e à tarde em casa. O restante do tempo aproveita para se divertir jogando videogame.

OUTROS BRASILEIROS

Washington relata que existem correntes de ajuda a outros brasileiros em Portugal. A preocupação é com os ilegais e quem não possui emprego fixo. Muitas pessoas trabalham no país europeu com os chamados recibos verdes. Ele explica que o governo português oferece ajuda a quem trabalhou com este sistema e contribui por três meses consecutivos ou por até seis meses.

O mateense afirma ainda que, inevitavelmente, algumas pessoas passarão por dificuldades, mas que a situação está mesmo sob controle. Quem não receber ajuda do governo, poderá contar com essa corrente de solidariedade.

CORONAVÍRUS

Conforme disse, o primeiro caso de coronavírus em Portugal surgiu no dia 2 de março. Dez dias depois, o governo português decretou situação de emergência, iniciando assim o período de distanciamento social.

Os dados oficiais mais recentes contabilizam 535 mortos e 16.934 casos de infeção confirmados em Portugal.

Matosinhos, Cidade do Porto (Portugal)

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