TAYGUARA RIBEIRO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil pediu a prisão de um sargento da Polícia Militar do Baep (Batalhão de Ações Especiais) de São Bernardo do Campo (ABC), suspeito de participar da morte do adolescente Guilherme Silva Guedes, 15 anos, na madrugada de domingo (14), em Americanópolis (zona sul de São Paulo). A informação foi dada delegado Marcelo Jacobucci, da Divisão de Homicídios do do DHPP (Departamento de Homicídios à Pessoa),

Segundo o delegado, o PM está detido na Corregedoria da Polícia Militar, que, procurada, não confirmou a informação.

Um outro policial militar, um soldado chamado Paulo, também é investigado pela morte do garoto. No local do crime foi encontrada uma tarjeta da PM com o nome Paulo.

O sargento, segundo o delegado, seria dono de uma empresa que fazia segurança de um galpão próximo à casa do adolescente, que morava com a avó materna. O menino teria sido confundido com uma pessoa que invadiu o local no fim de semana.

Segundo o delegado Marcelo Jacobucci, há provas materiais contra o suspeito. “Existem imagens de câmera e faremos exames periciais. No vídeo, os dois autores são visíveis. Trabalhamos com a suposição de um terceiro autor. Essa é a linha de investigação que seguimos”, afirmou.

O sargento deve ser levado para o DHPP, na região da República (centro) ainda na noite desta quarta-feira, segundo o delegado.

Em entrevista à TV Bandeirantes, o delegado Fábio Pinheiro, diretor do DHPP (Departamento de Homicídios à Pessoa), afirmou que o carro que teria sido usado para levar o adolescente seria do filho do sargento. O corpo do garoto foi encontrado próximo a um terreno de Diadema (Grande ABC) e foi reconhecido pela família.

O caso também está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar.

A morte do garoto provocou dois dias de protestos em Americanópolis, com ônibus queimados e vandalizados, um comércio foi furtado.

Vídeos com imagens de policiais militares agredindo moradores da Vila Clara, que fica na região, foram divulgados em redes sociais. Segundo pessoas que moram no bairro, as imagens foram gravadas na noite de segunda-feira, após a primeira onda de protestos.

OUTRO LADO

Questionada sobre a detenção do sargento e seu nome, da Polícia Militar não respondeu até a conclusão desta reportagem

Na terça (16), a PM disse já ter instaurado um Inquérito Policial Militar para identificar os policiais que aparecem em vídeos com agressões a moradores.

A Secretaria da Segurança Pública, gestão João Doria (PSDB), afirmou que as circunstâncias da morte de Guilherme Silva Guedes, 15 anos, estão investigadas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e pela Corregedoria da PM.

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