Após denúncias anônimas, a Polícia Militar Ambiental e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) flagraram na manhã desta quarta-feira (26) um abatedouro clandestino em São Mateus. De acordo com a 3ª Companhia do Batalhão da PMA, a estrutura funcionava no Bairro Esplanada (Seac). Três pessoas que estavam no local foram encaminhadas para o Plantão da 18ª Delegacia Regional de Polícia Civil.

A PMA detalha que o abatedouro clandestino estava praticando o comércio ilegal de carne bovina, sem alvará e documentação sanitária, para pessoas físicas e jurídicas. A operação resultou ainda na apreensão de 379 quilos de carne bovina.

De acordo com o relatório da Polícia Ambiental, ao chegarem no local denunciado, “de imediato, os policiais flagraram uma caminhonete com a carroceria forrada com uma lona iniciando o processo de carga de carne bovina oriunda do abatedouro”. A PMA detalha ainda que, de pronto, os policiais informaram os funcionários presentes no local sobre o motivo da presença da fiscalização, bem como sobre o teor da denúncia, sendo iniciada a vistoria.

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“Ao adentrarem na edificação, foram encontradas diversas porções de carne bovina espalhadas pelo chão, sem qualquer cuidado com a higiene ou questões sanitárias. Havia, ainda, uma balança contendo grande quantidade de carne bovina empilhada. Os policiais indagaram os denunciados quanto à documentação referente ao abatedouro, entretanto nenhum documento foi apresentado à equipe durante a fiscalização” – afirma.

“A equipe constatou que o local não possuía cobertura (telhado) completa e nem compartimentos de refrigeração, havendo sangue, além de restos de desossa bovina e a presença de grande quantidade de insetos (moscas, mosquitos e outros). Ato contínuo, nos fundos do abatedouro, os policiais constataram a presença de um encanamento que escoava a água e o sangue oriundos do interior do abatedouro para o solo dos fundos da propriedade, lançando, dessa forma, os resíduos líquidos na natureza, sem qualquer tipo de tratamento” – complementa a PMA.

Comandante da Companhia do BPMA, capitão Fabrício Pereira Rocha alerta para os riscos advindos do consumo de carne de abatedouros clandestinos. “Estes estabelecimentos geralmente possuem péssimas condições de abate, armazenamento e transporte da carne, o que, por si só, representa um risco para a saúde dos consumidores, cujos quais não têm ideia do risco que correm”.

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O capitão alerta ainda que, além de afetar diretamente a saúde dos consumidores, os abatedouros clandestinos também causam prejuízos ao meio ambiente, “visto que os dejetos gerados por essa atividade são atirados diretamente no solo, nos rios e córregos próximos à região em que estão instalados, ou, simplesmente, deixados para apodrecer ao ar livre, sem qualquer tipo de tratamento, podendo ocasionar inúmeras doenças”.

 

Foto do destaque: Divulgação

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