Os estados de Espírito Santo e Minas Gerais lançaram nesta segunda-feira (17) o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico, com previsão de investimentos da ordem de R$ 45,9 bilhões. O documento foi elaborado pelas Federações das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e de Minas Gerais (Fiemg), em parceria com os governos estaduais, com foco em ações nas áreas de infraestrutura, negócios, desenvolvimento regional e segurança jurídica.
Conforme documento encaminhado à Rede TC pela Assessoria de Comunicação do Governo do Estado, o plano não contempla os projetos da Petrocity, como o Complexo Portuário de São Mateus, em Uruçuquara, e a estrada de ferro São Mateus-Belo Horizonte. Em entrevista à Rede TC de Comunicações, o presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, minimizou a importância da ausência de seus projetos no Plano ES-MG e disse que o investimento que ele propõe é meramente privado e que tanto o porto quanto a implantação da ferrovia dependem de licenças federais. “O governador tem se mostrado muito à disposição”, garantiu.
O Plano ES-MG não apresenta nenhum projeto de desenvolvimento econômico para o norte do Estado. Todas as ações listadas estão na região central (Rio Doce) e mais ao sul do Estado, como os portos da Imetame (Aracruz) e Central (Presidente Kennedy) e a possível construção da ferrovia EF 118, ligando Vitória ao Porto Central.
De acordo com o plano, os governos de Minas e do Espírito Santo trabalharão em conjunto com as federações das indústrias na articulação de ações junto ao Governo Federal e as bancadas parlamentares de cada estado visando criar as condições necessárias para a efetivação dos projetos elencados como prioritários.
“MOQUECA COM PÃO DE QUEIJO”
De acordo com o plano, que visa uma melhoria substancial da infraestrutura dos estados, as obras previstas devem atrair investimentos na ordem de R$ 45,9 bilhões. O governador Renato Casagrande destacou que o Plano Estratégico –chamado por ele de “Plano Moqueca com Pão de Queijo”– reforça a sinergia entre os dois estados, que se consideram irmãos e têm uma agenda conjunta de desenvolvimento. “É o primeiro passo de um trabalho que começou faz tempo. Temos uma pauta a seguir em frente e pela primeira vez os dois Estados trabalham em conjunto” – afirmou.
ESTUDO
De acordo com estudo realizado pela Findes e pela Fiemg, os investimentos previstos no Plano Estratégico têm grande potencial de geração de emprego e renda, dentro e fora dos dois estados. A previsão é de aumento no faturamento em aproximadamente R$ 170 bilhões em diversos setores, sendo cerca de R$ 60 bilhões em MG, R$ 17 bilhões no ES e R$ 93 bilhões no restante do País.
Estima-se também que o mercado de trabalho brasileiro pode ser impulsionado com um incremento de 104 mil postos de trabalho, sendo 47 mil em MG e 12 mil no ES, com uma geração de R$ 33 bilhões de renda salarial. A arrecadação de impostos também pode crescer cerca de R$ 8 bilhões com a execução do plano, elevando a capacidade dos estados de prover serviços públicos à população.
INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA
As principais metas do plano dizem respeito a áreas de infraestrutura e logística, com a concessão e duplicação da BR 381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, e BR 262, entre João Monlevade (MG) e Viana (ES). O plano destaca ainda a renovação da concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas, a implantação das Estradas de Ferro (EFs) 118 e 354 e a construção do Contorno Ferroviário da Serra do Tigre.
FINDES E FIEMG
Os presidentes da Findes, Leo de Castro, e da Fiemg, Flavio Roscoe, fizeram a abertura do evento. Um termo de parceria para o fortalecimento do setor de rochas ornamentais foi assinado pelo Sinrochas (MG), Sindirochas (ES), Simagran (CE) e Centrorochas (BR).
Esse presidente do Petrocity é muito arrogante, o IEMA não liberou, o governo não colocou no plano estratégico….alguma coisa tem de errado….vai sair um dia, mais não com pressão do jeito que esta fazendo.