A necessidade de conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue é constante, porém o debate nunca foi tão atual quanto agora, em meio à pandemia da covid-19. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2020, foi registrada queda de aproximadamente 20% nas doações em todo o País.

O hematologista e hemoterapeuta da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Eliseo Sekiya, explica que o aumento de casos de covid-19 causou impacto sobre a saúde de maneira geral, refletindo negativamente nos estoques de sangue em todo o País, por isso é fundamental estimular a doação voluntária.

“A reposição do sangue nos bancos é fundamental para o suprimento em casos de cirurgias de emergência, acidentes envolvendo hemorragias, tratamentos de câncer e outras doenças que não podem esperar” – destaca.

O médico alega que o número de coletas vem sofrendo queda significativa nos últimos cinco anos e que, embora os bancos não tenham ficado desabastecidos, a quantidade de sangue não é suficiente para atender a constante demanda da população.

“Os bancos de sangue necessitam ampliar o estoque de todos os tipos sanguíneos, no entanto, os mais críticos costumam ser os O- e O+. O primeiro por ser compatível com os tipos positivos ou negativos; e o segundo, por ser o mais comum e, portanto, o mais demandado” – cita.

 

PROTOCOLOS

Os espaços e profissionais estão preparados para receber doadores voluntários em segurança. “A coleta é feita seguindo todos os protocolos para evitar a contaminação cruzada da covid-19, tudo isso para que, tanto aqueles que já faziam doações regulares quanto os que desejam começar, possam realizar o ato sem riscos à sua saúde”, reforça o médico.

 

QUEM PODE DOAR

Dr. Eliseo orienta que todas as pessoas com idade entre 16 e 69 anos, com peso superior a 50Kg podem ser doadoras de sangue. O voluntário que estiver com sintomas de gripe, febre ou diarreia deve aguardar a melhora do quadro para fazer a doação. “Uma pessoa saudável pode doar sangue de três a quatro vezes no ano, sempre respeitando um intervalo mínimo de dois a três meses entre uma doação e outra”.

 

Foto do destaque: Divulgação

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