Ceo do grupo EnP e presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Márcio Félix demonstra otimismo sobre a exploração e produção de petróleo e gás no norte capixaba. “O melhor está por vir”, cravou, durante entrevista à Rede TC de Comunicações nesta terça-feira (16).

O executivo já atuou como secretário de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo, foi secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis no Ministério de Minas e Energia e gerente-geral da Petrobras no Espírito Santo.

Nessa nova fase que a área petrolífera entra na região, com a saída da Petrobras e chegada de empresas privadas, Márcio Félix destaca o objetivo de buscar tirar o máximo dos reservatórios existentes, fazer novas descobertas, não apenas de petróleo, mas também de gás. “O melhor está por vir porque são oportunidades, tem uma diversidade de atores, cabeças diferentes, ideias novas e isso vai trazer bons resultados, no meu modo de ver”, afirma.

O executivo ressalta ainda que a Petrobras fez um trabalho muito bom, com várias descobertas e produção grande. No entanto, ressalta que os campos estavam numa fase de declínio e a maioria em declínio acentuado.

Márcio Félix fala destaca as perspectivas para o norte capixaba nas áreas de petróleo, gás e sal-gema.
Foto: EnP/Divulgação

“Acredito que a gente, numa nova fase, com menores custos, possa conseguir tirar mais petróleo, gerar mais riqueza, emprego, renda, royalties, riqueza para a região norte com essas empresas [privadas]. Não só a gente, mas a Imetame, Seacrest, BGM, Vipetro, enfim, outras que estão com maior ou menor escala e estão procurando se desenvolver” – frisa.

Márcio Félix aponta que existe um esforço de várias empresas no sentido de fazer cresçer a produção. Ele entende que esse patamar maior de produção possa se manter em mais duas ou três décadas. “Isso dá mais longevidade. E se aparecer uma descoberta que nos surpreenda, de bom tamanho, de boa qualidade, a gente vai crescer. A região vai se manter como petroleira por mais um bom tempo” – afirma.

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Empresa tem perspectiva de novas descobertas no norte capixaba

 

O grupo EnP Energia detém participações em diferentes empresas, sendo detentora de 50% da Capixaba Energia, com outros 50% pertencentes à Imetame.

A Capixaba Energia é operadora dos campos Lagoa Parda, Lagoa Parda Norte e Lagoa Pinhabanha, em Linhares.

“Temos uma descoberta nova que é um campo que tem declaração de comercialidade neste ano. Ele fica em Linhares. E temos uma outra descoberta, que está em avaliação final para que seja feita a declaração de comercialidade ainda este ano, que fica no município de Jaguaré” – detalha o ceo da EnP.

Junto com a Imetame Energia, a EnP tem participação da empresa Energy Paranã em blocos exploratórios que estão em Conceição da Barra, São Mateus, Jaguaré e Linhares, mantendo a perspectiva de novas descobertas.

“Nossa empresa foi lançada em março de 2020 e a gente adquiriu e começou a ter os primeiros ativos em outubro de 2020. Depois, adquirimos ativos em duas rodadas de licitação da Agência Nacional do Petróleo. Então, temos participação no Espírito Santo em quatro campos de produção de petróleo e mais 13 blocos exploratórios”.

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Campos do Polo Lagoa Parda mais que triplicam produção

Na entrevista à Rede TC de Comunicações, Márcio Félix relata que, quando o grupo EnP iniciou a operação no Polo Lagoa Parda, a produção estava em 120 barris por dia. Atualmente, ele destaca que a produção está na ordem de 400 barris por dia e com meta de chegar a 700 no final deste ano.

“Temos uma meta de chegar ao final deste ano com cerca de 700 barris por dia com o que já tem descoberto na região de Lagoa Parda. Agora, a produção dos anos seguintes depende dos resultados exploratórios”.

Márcio Félix detalha que o processo exploratório está na fase de estudos dos dados sísmicos. “Temos atividades previstas para esse ano e no próximo de reentrar em poços ou furar novos poços visando novas descobertas na região”, adianta.

Conforme disse, são atualmente mais de 100 empregos direitos e indiretos. Para os próximos anos, as perspectivas dependerão dos poços exploratórios. “Somos otimistas em fazer algumas descobertas. Linhares e Jaguaré nós já temos. Mas queremos ter mais em São Mateus e Conceição da Barra também. Então, pretendemos crescer, o que depende dos nossos sucessos exploratórios no norte do Estado. Não é só no petróleo e gás, mas também na sal-gema” – revela.

 

Perspectiva de entrega de  relatório de pesquisa  de sal-gema até 2024

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Em se tratando das concessões de sal-gema no norte do Estado, Márcio Félix destaca que o grupo EnP Energia atua também neste segmento com participação em áreas exploratórias em Conceição da Barra e São Mateus.

“Estamos na fase exploratória. Para a mineração é a fase de pesquisa. A gente está trabalhando para entregar um relatório de pesquisa para a Agência Nacional de Mineração até o ano que vem para obter a licença de lavra, que é a fase seguinte” – detalha Márcio Félix.

O ceo explica ainda que o ENP tem participação na empresa Energy Paranã que detém 100% de três concessões de sal-gema, além de parceria com a empresa SG Brasil Mineração, que possui duas áreas.

 

Efeito do gás na industrialização

Márcio Félix destaca ainda a expectativa de fazer novas descobertas, incluindo de gás natural, no norte do Estado. Segundo ele, “o gás seria novidade, tem efeito direto para a industrialização e é um fator de competitividade, de terra ou de mar”.

Ele explica que o gás será encaminhado para a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em Linhares, e de lá, entra na Gasene, chegando em São Mateus, podendo abastecer, por exemplo, a Marcopolo. “O Espírito Santo tem nova concessionária de distribuição de gás. Então essa combinação vai ser boa” – ressalta.

Diante deste cenário, Márcio Félix frisa que o grupo EnP está de olho em novas descobertas de gás.

Foto do destaque: EnP/Divulgação

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