Sinal de luto nos portões, salas fechadas e vazias, clima de desolação e abatimento. Assim foi o primeiro dia de aula após a morte da professora Regiane da Silva Pereira nos centros de educação infantil municipal do Bairro Vila Nova. “Não tenho como responder às crianças onde está a tia Regiane”, disse, com lágrimas nos olhos, a diretora Maria Cristina Machado, do Ceim Amábile Zanelato Quinquim, amiga de Regiane desde a juventude. Diretora do Ceim Dois Esquilos, onde a professora Regiane lecionava desde o início deste ano, Rosenilda Silva do Nascimento também não conteve a emoção ao falar da colega de trabalho: “Digo para as crianças que a tia Regiane virou uma estrelinha”.

Rosenilda destacou que Regiane foi uma profissional de excelência, amiga de todos, dedica e carinho às crianças. “Pelo pouco tempo que ela passou por aqui já deixou marcas. Nós lamentamos muito pela perda da nossa colega numa morte tão bárbara. A gente ouve muitas coisas sobre violência contra mulher, mas só caímos na real quando acontece perto. Foi uma grande covardia o que fizeram com ela” – frisou a diretora. Ela afirmou que um dos projetos que a professora Regiane ajudou na escola foi na manifestação contra o lixo acumulado no muro da instituição, destacando que a ação já começou a surtir resultado positivo.

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BUSCA POR REGIANE COMEÇOU ÀS 8H DE SEGUNDA-FEIRA

A diretora do Ceim Amálibe, Cristina Machado disse à Reportagem que as primeiras buscas pela professora Regiane começam às 8h, quando ela não apareceu para trabalhar. Ela afirma que telefonou para a amiga, mas a ligação era remetida à caixa de mensagem. Disse ainda que não ligou para o marido dela porque não tinha o número. “Depois, uma amiga me ligou perguntado pela Regiane, disse que o marido dela a havia procurado pela manhã [de segunda-feira, 6], deixado um número para ligar, afirmando que a esposa teria dito a ele que saiu para comer com ela. A partir daí eu percebi que alguma coisa muito séria tinha acontecido” – relatou.

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Segundo Cristina Machado, próximo das 10h, saiu com outra professora e começou uma verdadeira peregrinação pela Cidade, indo a casas de amigas e até ao Hospital Roberto Silvares, procurando por Regiane. “Fui até na casa da irmã dela, ligamos para a mãe. De tarde, veio a notícia de que o corpo tinha sido encontrado” – afirmou. A diretora disse ainda que a professora não tinha o costume de faltar ao trabalho e comunicava os mínimos atrasos.

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