EDUARDO MOURA E JOÃO GABRIEL TALLES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O músico Nelson Freire, um dos maiores pianistas do mundo, morreu na madrugada desta segunda (1º), em sua casa, no Rio de Janeiro.
A informação foi confirmada pela empresária do artista, que não soube dar detalhes da causa da morte.

No fim de 2019, o músico fraturou um osso do braço direito e passou por uma cirurgia de quatro horas. Apesar da operação ter sido bem-sucedida, pessoas próximas contam que o pianista entrou em depressão.

A pianista argentina Martha Argerich chegou a vir ao Rio de Janeiro passar um tempo com o amigo. Ela chamou Arthur Moreira Lima para assumir seu lugar na banca do Concurso Chopin, uma das mais importantes competições musicais do mundo, para que ela pudesse estar perto de Freire.

​Nelson Freire deixa o companheiro, o médico Miguel Rosário, e um irmão. ​
Tendo começado a estudar piano desde cedo, Nelson Freire, aos 12 anos de idade, foi o sétimo colocado no Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro. Logo em seguida, ganhou uma bolsa de estudos para estudar em Viena.

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Ao final da década de 1950, Freire já fazia recitais e concertos nas capitais europeias e se apresentava com célebres regentes como Isaac Karabtchevsky e Rudolf Kempe.
No ano de 1964 Freire ganhou o Concurso Internacional de Piano Vianna da Motta em Lisboa e recebeu, em Londres, as medalhas de ouro Dinu Lipatti e Harriet Cohen.

Entre as orquestras com as quais Nelson Freire se apresentou estão a Filarmônica de Berlim, a Orquestra Sinfônica de Londres, Orquestra Filarmônica de São Petersburgo e a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

Seu CD de interpretações de composições de Chopin foi elogiado pela crítica internacional e recebeu os prêmios Diapason d’Or e “Choc”, do periódico francês Monde de la Musique.
Em 1988, a gravadora Phillips o incluiu na coleção “Great Pianists of the 20th Century”, que o objetivo de fazer o sumário das melhores gravações de música erudita do século passado.

Em 2007, Freire venceu na categoria de disco do ano o Gramophone Awards, um dos maiores prêmios internacionais da indústria fonográfica, com seu álbum que inclui um par de concertos de Brahms ao lado da Orquestra Gewandhaus, de Leipzig.

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Foto do destaque: Adriano Vizoni/Folhapress

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