A situação dos serviços de esgotamento sanitário em São Mateus é crítica, com apenas 48,50% de todo o esgoto produzido no Município coletados atualmente. Os números são resultado da revisão do diagnóstico e dos cenários da evolução dos serviços de saneamento básico do Município e estão sendo apresentados como parte do processo de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, executado por uma empresa contratada pela Prefeitura.
Na manhã desta quarta-feira, a apresentação aconteceu no auditório do Saae. Nesta quinta acontece nova reunião de apresentação dos resultados na Vila de Nestor Gomes em reunião marcada para as 14h, na unidade de saúde.

A apresentação da revisão do diagnóstico é uma das etapas da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico. Foto: Wellington Prado/TC Digital

O novo diagnóstico apontou também que nenhuma das estações de tratamento do Município estão operando, com exceção daquelas construídas em empreendimentos particulares, e que o despejo do esgoto coletado, sem tratamento, é feito diretamente nos mananciais.

A apresentação do diagnóstico foi feita pelos engenheiros sanitaristas e ambientais Rafael Meira Salvador (coordenador geral da revisão) e Pablo Cunha. O diagnóstico aponta que o índice de atendimento com coleta na área urbana é de 61,04% e de apenas 5,51% na zona rural, perfazendo os 48,50% em todo o Município. No balneário de Guriri, por exemplo, a coleta de esgotos nas residências é inexistente.

O engenheiro sanitarista Rafael Meira frisa ainda que existem algumas estações de tratamento no Município, como as construídas em Guriri, que não apresentam deteriorações, mas que estão sem funcionar, “o que leva o Saae a despejar todo o esgoto coletado in natura nos mananciais”.

ABASTECIMENTO
Em relação ao abastecimento de água potável, o diagnóstico apontou que o índice de atendimento é de 85,53% na zona urbana e de 28,78% na zona rural, totalizando 72,78% em todo o Município. O estudo aponta ainda a necessidade de construção de mais reservatórios de distribuição em São Mateus. Rafael acrescenta que o diagnóstico aponta também baixa cobertura de coleta seletiva de resíduos sólidos e problemas de drenagem pluvial, principalmente em Guriri, e em alguns pontos no Centro.

NOVA ETAPA É
PROGNÓSTICO
Secretário municipal de Meio Ambiente, Ricardo Louzada reiterou que as reuniões têm o objetivo de dar oportunidade à população de sugerir e corrigir possíveis equívocos no diagnóstico apresentado. Ele acrescenta que a próxima etapa será a apresentação, em novembro, da revisão do prognóstico. Posteriormente, serão oferecidas ao Município a proposta de metas e soluções dos problemas. A apresentação final dos estudos da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico está prevista para dezembro.

Secretário de Meio Ambiente, Ricardo Louzada que a próxima etapa será a apresentação, em novembro, da revisão do prognóstico. Foto: Wellington Prado/TC Digital

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