Jorginho Cabeção: “Seremos chamados de Cidade Portuária”.

Presidente da Câmara de São Mateus, Jorge Recla de Jesus acredita que a instalação de um porto em Uruçuquara deve mudar significativamente o cenário econômico no Município já a partir do ano que vem. No entendimento do vereador, a tendência é que a cidade se transforme num canteiro de obras com a concretização pela Petrocity do projeto do Centro Portuário de São Mateus (CPSM).

No entanto, a avaliação de Jorginho Cabeção, como é popularmente conhecido, é de que o cenário econômico atual não é favorável, pelo fato do processo de desinvestimento no norte capixaba pela Petrobras, a maior indústria de São Mateus. Conforme explica, com a saída da estatal, outras empresas, terceirizadas, também deixarão de atuar no Município, aumentando ainda mais as fileiras do desemprego.

“Para falar do desenvolvimento atual de São Mateus, é preciso voltar nas fases mais prósperas do nosso Município, como a Era do Petróleo, a partir da sua descoberta no final dos anos de 1960, o auge do eucalipto na década de 1980. Na área industrial e no comércio, São Mateus já viveu décadas de prosperidade, de geração de emprego e muitas oportunidades para os munícipes. Em pouco tempo, a antiga Aracruz Celulose tirou daqui a sua base administrativa e deixou para trás um bolsão de miséria. Agora haverá concessão dos poços terrestres de São Mateus, Jaguaré e Linhares, sinalizando a saída de vez da Petrobras do nosso Município. Isso representa prejuízos incalculáveis para São Mateus” – frisou.

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Jorginho afirma ainda que a Mesa Diretora da Câmara de São Mateus tem empreendido esforços em apoio à instalação do porto em Uruçuquara. “E eu, particularmente. Temos nos esforçado bastante no sentido de apoiar este megaempreendimento, defendendo a garantia do emprego para o trabalhador mateense e a sua qualificação profissional para preencher a mão-de-obra da Petrocity e das empresas que vão se instalar no distrito industrial”.

Nesse sentido, destaca que é coautor em um projeto de lei que vereadores pretendem apresentar com o objetivo de destinar às comunidades diretamente impactadas um percentual da arrecadação municipal com impostos advinda da atividade portuária.

 

Município de grandes vocações

Ao elencar as potencialidades do Município, Jorge Recla de Jesus destaca que uma delas é a atividade portuária: “Seremos chamados de Cidade Portuária”. Presidente da Câmara de São Mateus, Jorginho Cabeção frisa ainda que, para explorar positivamente essas vocações, “é preciso arregaçar as mangas e trabalhar”.

“Também temos um agro forte, mas falta apoio ao produtor rural. Muitos deles estão endividados, com financiamentos ainda da época da crise hídrica, mas não conseguem renegociá-los. Temos o nosso turismo, uma indústria gigante que ainda adormece. São Mateus tem valiosas riquezas naturais e patrimônios, praias lindas, nossos rios, o Sítio Histórico do Porto, a igreja velha, mas não há investimento em sustentabilidade e falta infraestrutura para atender bem o turista” – comenta.

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Para ele, na área da educação, entidades como Ufes, Ifes, as faculdades particulares e escolas de ensino técnico, “estão ampliando os horizontes da formação e capacitando os nossos jovens e adultos”. E complementa que isso é muito importante, “especialmente neste momento em que receberemos o Centro Portuário de São Mateus”.

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