RÉVEILLON
O Réveillon é uma das celebrações milenares de final de ano, porém a sua comemoração da forma tradicional, com festa e fogos à meia noite, ficou prejudicada em 2020 e parece que neste ano também não poderá ser feita novamente por conta da nova variante do novo coronavírus, a ômicron. Em São Mateus, a Prefeitura, primeiramente, decidiu não realizar shows musicais na virada de ano explicando que o objetivo é não provocar aglomerações na área central do balneário. Na sequência, a decisão foi de cancelar o show pirotécnico.

Réveillon em Guriri.(Foto: Altis/Divulgação)

SITUAÇÃO DISTINTA
O Espírito Santo e o Brasil, como lembra o secretário estadual da Saúde Nésio Fernandes, tem situação melhor do que em outros países da Europa, por exemplo, com registros de casos e mortes diárias em elevação. Se faz necessária uma avaliação mais aprofundada antes da tomada de decisão sobre novas restrições, pois os números mostram redução dos casos no Espírito Santo e em São Mateus e a atividade econômica já se ressentiu bastante das restrições anteriormente impostas.

VARIANTE ÔMICRON
A nova variante do coronavírus, batizada de ômicron e que está tirando o sono de todo o mundo, já chegou ao Brasil, vinda da África. Até ontem, já eram cinco casos em pessoas que desembarcaram no país em voos que partiram da África do Sul e da Etiópia. Neste momento da pandemia, o surgimento de mais uma variante assusta. No entanto, a Organização Mundial da Saúde afirma que, mesmo sendo mais infecciosa, não é necessário haver pânico. Cientistas garantem que a vacina protege as pessoas contra novas variantes, que poderão continuar surgindo principalmente entre os não vacinados. É mais um incentivo para tomar vacina!

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EFEITO COLATERAL DA PANDEMIA
Como reflexo da pandemia, cresceu enormemente a procura por divórcios no País a partir de meados de 2020, segundo estudos realizados pelo Colégio Notarial do Brasil. O segundo semestre de 2020 assinalou o maior número de divórcios já registrados em cartórios no Brasil. E a tendência de alta se confirmou em 2021. Foram 29.985 separações só nos cinco primeiros meses deste ano; um crescimento de 26,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Para quem vem enfrentando uma crise conjugal e já pensa em separação, são muitas as dúvidas que surgem nessa hora. Como agir? É possível agilizar o processo do divórcio em cartório? E como ficam os filhos?

PETROLEIROS EM LUTA!
Representações sindicais dos petroleiros de todo o País ligadas à Federação Única dos Petroleiros (FUP) estão em luta contra as privatizações de setores da empresa. Desta vez, o movimento foi na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, contra a venda da planta junto com terminais e outros ativos de logística da Petrobras no estado. A RLAM foi vendida ao fundo árabe Mubadala, por US$ 1,8 bilhão, 50% abaixo do valor de mercado, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), e 35% aquém do preço justo, de acordo com o BTG Pactual. O valor foi questionado ainda pela XP Investimentos. A privatização da refinaria baiana –a segunda maior do País, com capacidade de processamento de 330 mil barris/dia –, foi concluída no dia 30 de novembro.

AÇÕES NA JUSTIÇA E NO CONGRESSO
A FUP e sindicatos filiados afirmam que continuarão lutando judicialmente para reverter a privatização da RLAM e barrar a venda de outras refinarias. Segundo a FUP, várias ações tramitam na Justiça, ainda sem julgamento. Tem ainda processo do Congresso Nacional para que o STF julgue o mérito da ação de inconstitucionalidade da venda de refinarias sem autorização do Poder Legislativo. Para o movimento, a RLAM, de acordo com os pesquisadores, é uma das refinarias da Petrobras que tem potencial mais elevado para formação de monopólios regionais, o que pode aumentar ainda mais os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha, além do risco de desabastecimento.

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POLÍCIA POLÍTICA
Está pronta para ser pautada na Câmara dos Deputados um requerimento de urgência para a apreciação do Projeto de Lei 1595/2019 que dispõe sobre “ações contraterroristas”. De autoria do deputado Major Vitor Hugo, de Goiás, o texto prevê, entre outras coisas, a criação de uma “polícia política” composta por órgãos de Estado e controlada diretamente pelo presidente da República. Caso o requerimento seja aprovado, a entrada do projeto na pauta de votação do plenário da Câmara pode ser acelerada. Aprovado em uma comissão especial da Câmara em setembro deste ano, o PL 1595/2019 utiliza justificativas vagas “contraterroristas” para criar mecanismos que podem criminalizar movimentos sociais e outras organizações, ampliar a vigilância inconstitucional e isentar agentes públicos que cometerem crimes. O projeto é uma reedição de uma proposta apresentada em 2016 pelo presidente Jair Bolsonaro, então deputado federal. Tempos sombrios estes!

BOLSONARO
Na avaliação de entidades, o ponto mais crítico do texto está na criação do Sistema Nacional Contraterrorista e da Política Nacional Contraterrorista, que deverão ser instituídos pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Estes mecanismos terão como finalidade coordenar o preparo e emprego das forças militares, policiais e das unidades de inteligência nas ações contraterroristas e fornecerão informações para possíveis decretos de intervenção federal, estado de defesa ou de sítio em caso de “ações repressivas em território nacional”. Na prática, o projeto cria uma “polícia política” composta pelas Forças Armadas, Polícia Federal e Agência Brasileira de Inteligência, com controle direto do presidente da República, que passará a ter acesso amplo a dados privados e informações privilegiadas de todos os cidadãos, especialmente de opositores ao seu governo. Ou seja, um retrocesso total aos tempos da ditadura militar no Brasil.

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LUTA ETERNA CONTRA A DITADURA
Aproveitando que o bicampeão brasileiro Atlético está em evidência, conforme bem lembrado nesta semana pelo Diretor Geral da Rede TC de Comunicações, Márcio Castro, na década de 70, em pleno regime militar, o atacante Reinaldo teve a coragem de levantar o braço fazendo gesto contra a ditadura e pela liberdade. “Todo atleticano tem orgulho do Reinaldo, mas sabe que, do ponto de vista de campeonato, o Atlético e os atleticanos pagaram caro”. É que o Reinaldo, e por consequência o Galo, não poderia estar em um cenário de destaque nacional, pois o gesto representava a “subversão”. Ser bicampeão brasileiro em 1977 (contra o São Paulo)? Jamais! Conquistar o tri em 1980 (contra o Flamengo)? Nem pensar! Avançar na Libertadores em 1981? “Então o Atlético não poderia ser campeão porque faria de Reinaldo um nome transcendental. Ao passo que outros grandes jogadores como Zico, que foi sem dúvida um grande jogador, e o próprio Pelé, que foi o maior de todos, sempre foram politicamente bem ajustados ao sistema dominante da época” – avalia Márcio.

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