Apresentado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério da Educação (MEC), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) confirma que as escolas do Espírito Santo têm o melhor Ensino Médio do Brasil. Considerando as escolas públicas e privadas, o Estado teve a média 4,4 no Ensino Médio.

“O resultado é extraordinário para o nosso Estado. Devo registrar que isso é uma obra coletiva que envolve o trabalho do professor Haroldo, demais profissionais da educação e dedicação de nossos estudantes. Não estamos comemorando o ponto de chegada. Estamos celebrando a caminhada que está sendo feita no Espírito Santo. No presente, queremos ser líderes no Brasil, mas nossa caminhada é para chegar ao nível das melhores instituições de ensino no mundo” – disse o governador Paulo Hartung, em entrevista coletiva no Palácio Anchieta.

Hartung destacou também que o Governo do Estado conseguiu conciliar a política de austeridade fiscal, que permitiu manter as contas em dia, com políticas públicas que impactam diretamente na vida da sociedade. O governador agradeceu as instituições privadas que auxiliam o Estado através de reconhecidos institutos que atuam na área da educação. “Repito: o resultado é fruto de uma ação coletiva dos 20 mil funcionários da rede de educação do Estado, com os institutos e nossos alunos. Estou muito satisfeito com essa caminhada que estamos fazendo em terras capixabas” – reafirmou.

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REDES ESTADUAIS
Segundo o Ideb 2017, o crescimento da rede pública estadual do Espírito Santo é o maior registrado desde que o indicador foi criado, em 2005. Com uma expansão de 0,7 pontos (ou cerca de 21% com relação a 2013), o Ensino Médio da rede estadual, que representa 286 escolas e aproximadamente 100 mil estudantes do Estado, atingiu 4,1 pontos, em 2017, subindo da décima primeira posição, em 2013, para a segunda melhor colocada no País. O primeiro colocado das redes estaduais foi Goiás, com 4,4 pontos.

“De acordo com resultado, o Espírito Santo tem a melhor nota em termos de desempenho acadêmico dos estudantes. O crescimento do Estado foi de 10,5 pontos em Matemática e de 6,2 pontos em Língua Portuguesa. Pela primeira vez o Estado lidera nas duas disciplinas, alcançando a melhor proficiência no Ensino Médio do País. Esse resultado é referente ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb)” – explica a assessoria da Sedu.
O Espírito Santo cresceu também em termos de indicador de rendimento (aprovação) e mostrou bons resultados no índice de abandono. “A taxa de aprovação da rede estadual de ensino do Espírito Santo foi de 83% em 2017, sendo que, em 2015, a taxa de aprovação do Estado era de 76,4%”.

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Em 2005, 20% dos estudantes abandonavam a escola. Já em 2017, o Estado reduzir para 3,4%, “o que mostra que os jovens do Ensino Médio têm abandonado cada vez menos a escola”, ressalta a Sedu. Em relação ao índice de reprovação houve uma queda quando comparado ao ano de 2015, de 17,9% para 13,6% em 2017.

Espírito Santo evolui também no ensino fundamental

No Ensino Fundamental – Anos Iniciais (1º ao 5º ano), a nota do Espírito Santo no Ideb registrou crescimento de 0,3 pontos, alcançando 5,4 pontos. No Ensino Fundamental – Anos Finais (6º ao 9º ano), também houve evolução, subindo de 4,0 em 2015 para 4,4 pontos em 2017, destaca a Secretaria Estadual da Educação (Sedu), em mensagem à Rede TC de Comunicações.

Para o secretário Haroldo Rocha, a implantação de programas prioritários, como a Escola Viva, o Jovem de Futuro e o Pacto pela Aprendizagem no Espírito Santo (Paes), colaboraram para o sucesso alcançado, junto com a participação da família, o empenho dos professores e a dedicação dos estudantes.

“Nosso sentimento é de um resultado extraordinário, no ponto de vista de crescimento. Esse é o resultado do trabalho de uma rede focada na aprendizagem dos nossos estudantes, desde os técnicos da Sedu até a sala de aula com o professor. Se olharmos os outros estados, podemos ver que o Espírito Santo é o que mais cresceu nessa década em aprendizagem. Algo diferente está sendo feito aqui e isso nos indica que estamos na direção certa” – argumentou Haroldo.

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O secretário Haroldo Rocha destaca a contribuição de programas como Escola Viva, Jovem de Futuro e Pacto pela Aprendizagem, junto com o empenho de professores, estudantes e familiares. (Foto: Leonardo Duarte-SecomES/Divulgação)

IDEB
O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública, uma espécie de nota. Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho no Saeb/Prova Brasil aplicada para crianças do 5º e 9º ano do Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio. O índice é divulgado a cada dois anos e tem metas projetadas até 2021, quando a expectativa para os anos iniciais da rede estadual é de uma nota 6,0.

Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça, é preciso que o estudante aprenda, não repita o ano e frequente as aulas. Até 2015, os resultados do Ensino Médio eram calculados a partir de uma amostra de escolas. Pela primeira vez, o Saeb foi censitário para as escolas públicas desta etapa e opcional para as escolas particulares.

Vitória – ES

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