Por

Wellington Prado

Repórter

As forças de segurança do Espírito Santo investigam e querem prender os autores de mensagens disseminando boatos de ameaças em escolas no Estado. As mensagens geraram pânico em diversas instituições de ensino. Diante de novos boatos que circularam desde domingo, o secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo, relatou que muitas instituições de ensino registraram frequência abaixo do normal nesta segunda-feira (10).

Ao lado do secretário estadual da Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, o secretário da Educação concedeu entrevista coletiva ontem em Vitória.

O governador Renato Casagrande já havia afirmado no final de manhã que as equipes policiais de inteligência apuravam com rigor esses boatos de ameaças de ataques a escolas no Espírito Santo, assim como os respectivos autores. “Qualquer tentativa de aterrorizar nosso sistema escolar será combatida. É importante não compartilhar mensagens sem verificação. Denuncie pelo 181” – manifestou o governador.

Casagrande adiantou que no dia 27 deste mês será apresentado para a população um Plano de Segurança Escolar, “com objetivo de ampliar a segurança no ambiente educacional”.

Leia também:   Governo do Estado anuncia novos investimentos em Boa Esperança

Nesta segunda, mais uma vez circulou em diversos municípios capixabas boatos sobre ameaças em escolas.

Os secretários da Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, e da Educação, Vitor de Angelo, estão mobilizados contra a disseminação de boatos sobre ataques em escolas no Espírito Santo.
Foto: Sesp/Divulgação

Por exemplo, as prefeituras de Barra de São Francisco e Boa Esperança emitiram notas desmentindo relatos que apontavam ameaças em instituições de ensino.

Em Jaguaré, segundo uma mãe de aluno, alguns estudantes não foram para a escola temendo ataques em razão de informações falsas que circularam.

 

INVESTIGAÇÃO

Secretário estadual de Segurança Pública, o coronel Alexandre Ramalho diz que os serviços de inteligência da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Corpo de Bombeiros, subsecretaria de Inteligência da Sesp, além da Associação Brasileira de Inteligência (Abin), estão reunidos para identificar de onde partiram os boatos.

 

“Irresponsabilidade da disseminação”

 

Coronel Alexandre Ramalho avalia que existe irresponsabilidade na disseminação desses supostos ataques. “A gente compreende com muita clareza e somos solidários aos alunos, pais, professores, com as famílias que se preocupam com os seus filhos, mas existem muitas pessoas interessadas em espalhar isso para causar pânico. É em cima dessas pessoas que estamos apurando” – afirma.

Leia também:   Inscrições Abertas: Programa QualificarES oferece cursos de qualificação profissional online

O secretário explica que imagens que aparecem nas ameaças no Espírito Santo circulam também em outros estados. Em um dos casos, o coronel detalha que o alvo da suposta ameaça de ataque já nem existe mais, pois o prédio foi demolido.

Conforme o coronel Alexandre Ramalho, caso o cidadão tenha alguma informação concreta, ele deve acionar o telefone 181. Em situação de emergência, a orientação é acionar a Polícia Militar pelo telefone 190.

O secretário acrescenta ainda que foi criado um canal dentro do número 181 exclusivo para o serviço de segurança escolar.

 

Ficar atentos aos filhos

 

Vitória – “Como pais, devemos estar atentos ao que nossos filhos estão fazendo. Esse sim é o papel fundamental da família, um papel que a polícia nunca vai cumprir. Nós jamais estaremos na casa, no quarto, no computador, no telefone, na televisão de cada um. E esse é um papel fundamental que a família pode e deve cumprir” – a recomendação foi dada pelo secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo.

Leia também:   Capixabas conquistam medalhas no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu

Para ele, os pais devem monitorar os filhos, verificando se estão fazendo algo de errado ou disseminando boatos sem verificação. “E aqui eu não quero ser leviano em dizer que a pessoa está disseminando mentira. Às vezes é em tom de preocupação. Mas até quando a gente está preocupado é preciso ter racionalidade” – sustenta.

Neste sentido, o secretário pede que os pais orientem os filhos e em caso de qualquer informação sobre ameaça deve acionar o 181.

Foto do destaque: Sesp/Divulgação

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here