“A situação é grave! É real o risco de o Brasil ter as 500 mil mortes agora registradas dobradas até dezembro”. Com essa convicção, ginecologistas e obstetras de São Paulo, por meio de sua entidade representativa, a Sogesp, estão em estado de alerta. A avaliação é a de que atitude e solidariedade são imperativas, mais do que nunca, para brecar a covid-19 e talvez evitar a tragédia de 1 milhão de óbitos.

“No caso específico de grávidas e puérperas, um complicador justifica a preocupação dos tocoginecologistas: a adesão delas à vacinação está bem abaixo do esperado. O diagnóstico é que temem por improváveis reações adversas para a saúde delas e para a de seus bebês, principalmente de malformações” – explica a assessoria da Sogesp, em mensagem à Rede TC.

“Monitoramos as redes sociais com frequência e nossos associados recebem, diariamente, centenas de mensagens por whatsapp/e-mail. As manifestações de grávidas e puérperas evidenciam pavor e angústia. Fica claro que são alvo de campanha de contrainformação, via fake news, de grupos contrários à imunização”, analisa a presidente da Sogesp, Rossana Pulcineli.

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“Diante de tal quadro, temos de reagir já. Mobilizamos nossos especialistas e faremos plantão on-line, uma espécie de live de emergência, de 22 a 25, e em 28 de junho, para atender aos questionamentos das pacientes. É nossa obrigação defendê-las e prezar pela saúde e vida delas. Temos de trabalhar com esclarecimentos permanentes e mostrar a elas que vacinas só fazem bem a grávidas, puérperas e a todos”.

Inicialmente, estão marcadas as cinco lives gratuitas, acima anunciadas por Rossana Pulcinelli. O formato é simples: após breve explanação sobre os benefícios e segurança de todas as vacinas, três ginecologistas e obstetras ouvirão dúvidas e prestarão esclarecimento às grávidas e puérperas. As lives são gratuitas, começando sempre as 19h, nas redes sociais da Sogesp.

 

 

Uma tragédia anunciada

 

São Paulo – Orientação/informação de qualidade e baseada 100% na ciência é a receita da Sogesp para minimizar dados altíssimos impingidos a grávidas e puérperas durante a pandemia. “O País registra números lamentáveis, vergonhosos e cruéis. Apenas nos primeiros cinco meses e meio de 2021, houve aumento de 111,7% dos óbitos por Covid-19, em relação a 2020 inteiro” – ressalta a assessoria da Sogesp.

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Esses dados são do Ministério da Saúde, com atualização semana a semana, sempre às quartas-feiras. Têm sido publicizados amplamente pelo Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19), após estudo estatístico e interpretação científica.

“Desde o início da pandemia, uma a cada cinco gestantes e puérperas que faleceram por covid não teve acesso a unidades de terapia intensiva (UTI) e 33% não foram intubadas –o derradeiro recurso terapêutico que poderia salvá-las”, complementa a assessoria da Sogesp.

 

Foto do destaque: Reprodução

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