Uma fábrica de chassis genuinamente mateense deve ser criada no Polo Industrial de São Mateus. A informação foi transmitida à Rede TC de Comunicações pelo secretário municipal de Planejamento, Captação de Recursos e Desenvolvimento Econômico, Hassan Rezende Spadarott Bullus.

De acordo com ele, além de fabricar chassis, o novo empreendimento também atuará na indústria metal mecânica, fornecendo produtos desde a agroindústria até ao setor portuário, já vislumbrando a consolidação do Complexo Portuário de São Mateus. “Também fornecerá para o setor portuário e reaquecimento do setor de petróleo e gás no nosso Município” – pontua.

Hassan afirma que o investimento inicial na implantação da nova empresa em São Mateus é de R$ 15 milhões com a geração de 150 empregos. O secretário explica que duas empresas do Sul do Brasil se unirão para a criação do novo empreendimento, que já tem o nome definido como Calex Industrial.

O secretário frisa que atualmente a Agrale, que fabrica tratores e fornece chassis para a Marcopolo, compra os equipamentos já montados no Rio Grande do Sul, o que representa 80% do volume das cargas. “Com a instalação da Calex, será necessário transportar apenas as placas para fabricar esses componentes aqui mesmo, em São Mateus. A indústria vai trabalhar com máquinas que custam milhões de dólares, importadas da Europa e da China”.

Conforme Hassan, o processo para a criação da Calex está em estágio avançado. Inclusive, os empresários do Sul do Brasil já estariam fazendo estudos de como capacitar mão de obra local para o setor.

“Estamos provocando o sistema S, através do Sesi e Senai, que já são parceiros do Município, para fornecer essa capacitação de mão de obra. São Mateus começa a deixar aquela fase de setor florestal e entra na terceira fase, que é o setor industrial, mas nunca sem se esquecer das características fortes da agroindústria. Essas empresas vêm para somar e inovar no desenvolvimento” – argumenta.

Ele adianta que a pasta que comanda também negocia a vinda de quase 50 empresas para o Município, “não somente para o Polo Industrial, mas para Guriri, Santa Maria e região dos quilômetros”.

 

CREDIBILIDADE

Para Hassan, atrair grandes empresas não é tarefa simples. “A Prefeitura se faz presente com visitas técnicas, informações, incentivos. O empresário se vê acolhido porque sente que o Poder Público em São Mateus anda lado a lado com ele e isso gera credibilidade para as empresas que estão vindo para o Município e, consequentemente, emprego e renda para as famílias”.

 

AEROPORTO E PORTO

 

O secretário Hassan Rezende adianta que a empresa Azul Conecta já emitiu parecer de interesse em parceria com a Prefeitura de São Mateus para efetivar a implantação de voos regulares no Município. De acordo com ele, o Município, que é dono da concessão do aeroporto por mais 35 anos, deve atender a uma série de normativas para se adequar ao projeto da empresa.

“Fomentando essas normativas, fazendo esses investimentos, atendendo às regras da aviação civil, teremos esses voos com conexões para todo o Sudeste”. Ele adianta que a principal adequação são as sinalizações horizontais na pista.

“Ainda não há previsão concreta para o primeiro voo comercial. Estamos em fase final de negociação. É outro passo importante para alavancarmos o desenvolvimento do Município”.

Dentro desse leque de investimentos, o secretário citou ainda os projetos de duplicação da BR-381, no trecho entre as cidades de São Mateus e Nova Venécia, da ferrovia de Sete Lagoas, em Minas Gerais, a São Mateus, além do próprio porto da Petrocity e os voos comerciais.

“No Município, nessa questão de logística, a gente sai muito à frente no nosso Estado”.

 

PETROCITY

Hassan informa ainda que existe a previsão de lançamento da pedra fundamental do porto da Petrocity para julho ou agosto deste ano. Segundo ele, há conversas adiantadas para trazer a São Mateus o ministro da Infraestrutura, Tarciso Gomes de Freitas, para participar dessa cerimônia.

“A Petrocity é uma realidade no nosso Município e não tem como voltar. O Município já tem essa característica de ser portuário, pela sua história da época da colonização, e isso foi mudando ao longo do tempo. Agora, retorna com foco no empreendedorismo, nas macros exportações de toda uma gama de insumos e produtos agrícolas que produzem Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, além do setor de rochas ornamentais” – complementa.

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