A partir de resultados do modelo de circulação global, por meio da simulação numérica de dispersão de partículas, o professor Renato David Ghisolfi, da Universidade Federal do Espírito Santo, indicou que a tendência é que o óleo potencialmente presente na água do mar se desloque para o sul, em uma região mais afastada da costa. O trabalho é feito em parceria com o grupo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Conforme nota emitida na tarde desta quinta-feira (14) pela Comissão Especial para Acompanhamento das Ações do Plano de Contingência da Crise do Vazamento do Óleo do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes) e enviada à Rede TC, o estudo mostra, até agora, que a expectativa é que, ao longo da linha de costa, possam ocorrer pequenas quantidades de óleo na forma de partículas.
Nesta quinta-feira, o Ceunes realizou palestra e treinamento aos voluntários que atuarão na ação que está prevista para ocorrer nas praias de São Mateus neste feriadão.
Os voluntários oferecerão orientações à população sobre como proceder e tirar dúvidas da comunidade quanto à presença do óleo no litoral a partir desta sexta-feira (15).
BARRA NOVA
Em inspeção dos manguezais na quarta-feira (13), a equipe do Ibama encontrou placas de óleo no estuário de Barra Nova maiores que as encontradas em outras praias de São Mateus, segundo a nota da Comissão Especial do Ceunes.
A especialista em manguezais e professora do Ceunes, Mônica Tognella, informou que a limpeza desses estuários deve ser feita manualmente o quanto antes, pelas equipes treinadas. “A chegada do óleo aos manguezais corrobora com ainda mais veemência a necessidade de as equipes de trabalho coordenadas pela Marinha receberem com urgência os materiais doados por diversas empresas à Defesa Civil do Estado e que são imprescindíveis na construção de barreiras que filtrem e bloqueiem a entrada dos resíduos vindos do mar”.
