Por

Wellington Prado

Repórter

Em entrevista à Rede TC de Comunicações, o secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo, avalia que, apesar dos esforços, a pandemia impactará numa grande queda na formação educacional dos estudantes brasileiros. “Precisaremos fazer um trabalho forte de recuperação da aprendizagem”, adianta.

“O déficit que teremos não será pequeno. É importante a gente estar preparado para que o que vem para ninguém se iludir e até não dar uma resposta que estar aquém do desafio. Haverá uma queda e será grande. Ela será maior no restante do Brasil do que aqui, segundo projeções, mas existirá e será significativa” – afirma o secretário.

Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo sustenta que durante a pandemia o Estado trabalhou para tentar evitar que a perda educacional fosse maior. “Mas na verdade foi meio que contenção dos danos. Zerar o jogo é impossível” – avalia.

No entendimento do secretário, houve sucesso da política adotada pelo Estado durante a pandemia. Segundo ele, as projeções mostram que o Espírito Santo é um dos entes da federação que mais sucesso teve no enfrentamento da crise sanitária na área da Educação, “mas isso não significa zerar a perdas, elas existirão e serão grandes”.

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Destaca ainda que o planejamento para o pós-pandemia já começou. Além do trabalho de recuperação da aprendizagem, afirma que será necessário realizar uma busca ativa dos alunos que se evadiram, “que também é uma das consequências principais que a pandemia trará para a educação”.

 

EVASÃO ESCOLAR

O secretário afirma que a pandemia já impõe um desânimo natural nos estudantes por conta do abre e fecha das escolas.

“Sabemos que por mais que a gente tenha feito todo o esforço, muitos alunos não tiveram condições de acompanhar da maneira que gostaríamos aquilo que estava sendo oferecido”, frisa.

Na tentativa de diminuir esse impacto, o Governo do Estado e municípios adotaram as aulas remotas nos períodos em que não estavam autorizadas as aulas presenciais.

“Quando você soma tudo isso, tem muita gente que deixa a escola de lado. Com essa possibilidade de ir ou não no momento em que as escolas estavam abertas, optam por não ir. Ao não irem, acabam não se envolvendo. Tudo vai desenhando um cenário difícil e precisamos estar atentos a isso”.

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Foto do destaque: Sedu/Divulgação

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