A frase mulher pode ser o que ela quiser foi levada muito à sério pela mateense Alana Gyulia Oliveira dos Santos, de 28 anos. Moradora do Bairro Santo Antônio, ela escolheu uma profissão que normalmente é dominada por homens. Alana é soldadora e também atua com troca de escapamentos.

Ela detalha que começou na empresa onde atua como menor aprendiz aos 16 anos exercendo a função de auxiliar administrativa. Mas, atualmente, após evoluir na empresa, faz solda e troca de escapamentos, além de ser a responsável por este setor. “Começou com a minha curiosidade. Um antigo funcionário começou a me ajudar, incentivar, até para ajudá-lo no serviço. Na época ele trabalhava sozinho. Acabou que fui aprendendo, gostando e peguei a vaga dele [risos]. Na verdade, ele teve uma outra oportunidade de emprego e assumi o cargo” – lembra, em tom bem-humorado.

Alana Gyulia, que começou como menor aprendiz, aprendeu a profissão com um ex-funcionário e atua como soldadora há 10 anos.
Foto: Tatiana Milanez/TC Digital

Alana aponta que está há mais de dez anos na área e salienta que tudo o que sabe sobre solda e escapamentos aprendeu na própria empresa. No entanto, demonstra o desejo de fazer cursos profissionalizantes na área para enriquecer o currículo.

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De acordo com ela, não foi difícil se destacar na profissão e entende que aprendeu rápido por gostar do que faz. “A maior dificuldade no início foi o peso das ferramentas e peças. Era muito magrinha e não tinha muita força, mas a adaptação foi rápida” – garante.

 

“As mulheres precisam se desafiar”

A soldadora Alana diz não se incomodar quando percebe algum comentário em tom crítico. “Às vezes ligam aqui na empresa para fazer orçamento, tirar dúvidas e sou eu quem atende e passa os orçamentos. Quando a pessoa traz o carro, toma um susto por encontrar uma mulher. Mas, no geral, recebo mais incentivo do que crítica” – frisa.

“As mulheres precisam se desafiar, procurar uma área que não traga só retorno financeiro, mas que ela se sinta bem. Saiam da zona de conforto e procurem coisas diferentes para fazer. A minha área por exemplo, é boa. Não tem mistério, não é um bicho de sete cabeças para mulher. Toda mulher consegue fazer muito bem e até com mais atenção. Indico para qualquer uma”.

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“Eu gosto, me adaptei, estou há muito tempo, não era uma coisa que imaginei que iria fazer para a minha vida, mas estou até hoje” – reforça.

Fora do trabalho, a mateense aproveita o tempo livre para treinar. Ela frisa que faz crossfit, ciclismo e corrida. “Tenho uma vida muito ativa” – complementa.

Foto do destaque: Tatiana Milanez/TC Digital

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