O Espírito Santo quer se tornar referência nacional no setor da construção até 2035. É o que revelou a Rota Estratégica da Construção lançada na semana passada pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). De acordo com a Federação, o documento mapeou, por meio do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies) e da Câmara de Construção Civil da Findes, os desafios, as oportunidades e os caminhos para que o segmento se torne protagonista no cenário nacional nos próximos anos.

A presidente da Findes, Cris Samorini, fez a abertura do evento e lembrou que o setor da construção civil é um dos mais relevantes para a economia capixaba e um dos principais indutores de desenvolvimento e da geração de emprego e renda. Ela ressaltou ainda que a cadeia produtiva do segmento engloba, no Estado, quase 11 mil estabelecimentos formais, cria mais de 110 mil postos de trabalho com carteira assinada e movimenta por mês uma massa salarial de R$ 242 milhões.

“Esta indústria tem um peso de 4,5% na economia do Espírito Santo e gera riqueza por meio de atividades como a construção de edifícios, rodovias e ferrovias, com a montagem de instalações industriais, com obras de urbanização e de geração e distribuição de energia elétrica. Estamos falando de um setor que exerce relevante papel econômico, social e ainda tem grande influência na qualidade de vida da população” – afirmou.

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O presidente da Câmara da Construção Civil da Findes, João Luis Moura Santos, explicou que o setor quer ser referência nacional até 2035. “Queremos ser modelo nas áreas de inovação, sustentabilidade e produtividade. Queremos chegar em 2035 sendo esse exemplo, mas isso exige muito trabalho e muita inteligência e nós só vamos conseguir alcançar nosso objetivo com a integração de todos os atores envolvidos no processo. O grande desafio é tirar esse plano do papel e torná-lo realidade, o que só se consegue com muita energia, dedicação e inovação”, comentou.

 

“Quebramos recordes”

 

Vitória – De acordo com a gerente-executiva do Ideies, Marília Silva, a elaboração da Rota da Construção foi a que contou com maior engajamento do setor entre as cinco produzidas até o momento (Agroalimentar e Indústria do Café, Biotecnologia, Petróleo e Gás Natural e Confecção Têxtil, Calçado e, agora, Construção Civil).

“Quebramos recordes em termos de conversas com especialistas, empresários e com profissionais da área. Agradeço muito ao João Luis por esse apoio ao nosso projeto e também à presidente Cris por sempre nos incentivar. Foram quatro grandes reuniões e mais de 100 pessoas ouvidas para chegarmos ao resultado final que é a Rota Estratégica da Construção”, disse.

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A Findes destaca ainda que a entrega da 5ª Rota Estratégica ocorre após dez meses de trabalho da equipe técnica do Ideies, que elaborou estudos e coletou contribuições dos atores da cadeia da Construção por meio do processo de Inteligência Coletiva.

A gerente de Estudos Econômicos do Ideies, Silvia Varejão, complementou que se estabeleceu metas com foco na visão de futuro estipulada pela cadeia produtiva, que é: ser referência em inovação, sustentabilidade e produtividade com interação das partes interessadas e promoção da qualidade de vida.

“Foram apontados como fatores críticos a articulação e a integração. É necessário que essa cadeia se prepare de forma mais integrada. Temos 245 ações de futuro identificadas, além de um levantamento com as 62 principais barreiras que devem ser enfrentadas pelo setor. Contamos ainda com um mapeamento das 25 tendências e tecnologias-chave voltadas ao desenvolvimento da construção no Estado”, revelou Silvia.

 

Foto do destaque: Divulgação

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