Diretora de Desenvolvimento da Educação em Saúde, da Secretaria de Educação Superior (Sesu), do Ministério da Educação (MEC), Gisele Viana Pires demonstrou entusiasmo em entrevista exclusiva à Rede TC de Comunicações e apontou que é viável a implantação do curso de Medicina em São Mateus, no Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes).

Diretora de Desenvolvimento da Educação em Saúde do MEC, Gisele Viana Pires, explicou que o próximo passo é encaminhar o relatório da visita a São Mateus para o secretário nacional de Educação Superior, Alexandre Brasil, e para o ministro de Educação, Camilo Santana. Foto: Wellington Prado/TC Digital

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Gisele integrou a comitiva do MEC, incluindo membros da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas (Camem), que realizou avaliação de cenários práticos e manteve diálogo com gestores locais e regionais nesta quarta-feira (3), em São Mateus.

A diretora afirma que a atual gestão do MEC é uma entusiasta em abertura de cursos de Medicina, em expansão de vagas de cursos já existentes, mas com uma condição: “formação médica de qualidade”.

Ela detalha que a visita da Camem em São Mateus é “para que o Estado Brasileiro esteja presente para realmente sentir, conhecer os espaços, principalmente dos cenários práticos, sentir a real necessidade desse curso na região e evidentemente a mobilização local para que o curso de Medicina aconteça”.

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Neste sentido, enfatiza o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de São Mateus, destacando ser passo importante para essa conquista regional.

Na tarde de quarta-feira, a comitiva do MEC e da Ufes foram recebidas pelo prefeito Daniel Santana no Centro Administrativo.

REUNIÃO

A agenda começou pela manhã com uma reunião no auditório da Prefeitura de São Mateus com as presenças do pró-reitor de Administração da Ufes, Roney Pignaton, do diretor do Ceunes, Luiz Favero, dos secretários municipais Henrique Follador (Saúde) e Simone Cassini (Educação) e do superintendente regional de Saúde, Edilson Monteiro.

Além da diretora Gisele Viana Pires, a comitiva do MEC teve a participação do coordenador geral de Expansão e Gestão da Educação em Saúde, Francisco de Assis Rocha Neves, o coordenador-adjunto da Camem, Marcelo Di Bonifácio, e o membro da Camem, Fábio Amorim.

Comitiva do MEC visita unidades

de saúde e hospitais no Município

Após reunião na Prefeitura, a comitiva do Ministério da Educação visitou pela manhã as unidades básicas de Saúde do Bairro de Fátima e do Bairro Santo Antônio, o Hospital Maternidade, a Policlínica Municipal (US-3) no Bairro Boa Vista, o Caps AD no Bairro Caiçaras, a obra de construção da unidade de saúde do Bairro Ayrton Senna e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas) no Bairro Carapina.

À tarde, a comitiva também visitaria o Hospital Roberto Silvares, a obra do Complexo de Saúde do Norte, além da estrutura do Ceunes. A visita da comitiva aos locais foi acompanhada pelo secretário municipal de Saúde Henrique Follador, que adiantou que o município está dando todo o apoio necessário para a implantação do curso de Medicina em São Mateus.

Secretária municipal de Educação, Simone Cassini participou da reunião na Prefeitura e disse que o prefeito Daniel Santana designou a equipe “para fazer tudo que for possível para que o Ceunes possa receber o curso”.

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No ano passado, o prefeito Daniel reivindicou o curso de Medicina, além da transformação do Ceunes em Universidade Federal, diretamente ao Presidente Lula e ao ministro da Educação Camilo Santana durante agendas em Vitória e em Brasília. O pedido foi entregue também ao ministro da Reforma Agrária, Paulo Teixeira, em visita a São Mateus.

Curso tem possibilidade real de

ser implantado, aponta diretora

A presença da comitiva do Ministério de Educação (Mec) é um passo importante para a implantação do curso de Medicina. Diretora de Desenvolvimento da Educação em Saúde, Gisele Viana Pires frisou que há possibilidade real para o curso ser implantado no Ceunes.

Conforme disse, quando o MEC percebe que, por motivos dos mais variáveis, não há condições locais e regionais, principalmente acadêmicas, para a implantação, a visita nem chega a acontecer. Essas condições são muitas, entre elas, de corpo docente, cenários práticos –estrutura para aulas práticas– e necessidade dos ingressantes da região.

“Se nós não sentíssemos que isso ainda não está amadurecido, não digo pronto, mas amadurecido, nós, da diretoria, não estaríamos aqui. Quando a gente vai, há uma possibilidade de uma implantação de um curso novo. É que já analisamos, já vimos sim que é possível, é viável. Somos, de verdade, sinceramente, entusiastas para abertura de cursos com qualidade e com necessidades específicas” – enfatiza Gisele.

“Não é abrir por abrir, nisso o MEC é totalmente contrário. Tem que abrir com qualidade e vendo a necessidade real, regional, que a gente vê aqui no Norte do Espírito Santo, por tudo que nos foi colocado lá em Brasília, que nos foi passado na terça-feira [durante reunião com o reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, em Vitória] e demonstrado hoje [quarta-feira], não há dúvidas que realmente esse curso só vai contribuir” – aponta.

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Próximo passo é

encaminhar relatório

da visita ao ministro

da Educação

A diretora Gisele reforça que a visita é um avanço no processo para o Curso de Medicina em São Mateus. “A nossa conversa com a instituição federal de ensino superior, e hoje [quarta-feira] aqui, com todo apoio do Governo do Estado do Espírito Santo e da Prefeitura de São Mateus, é um passo muito importante porque demonstra que não só a Universidade Federal do Espírito Santo, mas sim como todos os gestores locais e regionais, estão realmente bastante interessados em que esse curso seja implantado” – sustenta.

Gisele detalha que, agora, um relatório será elaborado e encaminhado para o secretário nacional de Educação Superior, Alexandre Brasil, e para o ministro de Educação, Camilo Santana, para que seja feita a pactuação.

“O que chamamos de pactuação? O que é necessário em relação a parte orçamentária, a código de vagas, distribuição dos cargos de docentes, de técnicos administrativos, o que a Ufes já tem para poder remanejar para esse possível curso novo. Enfim, são detalhes que não caberia falar tudo aqui porque são muitos, mas basicamente é infraestrutura, corpo docente, como é que se dará o processo seletivo, o projeto político pedagógico do curso e, principalmente, não perder de vista, uma questão muito importante, que são os programas de residência médica” – explica.

Da pactuação até o ato autorizativo do MEC, há um tempo. Uma vez que o MEC pactua os termos orçamentários, a Camem vai se debruçar sobre o projeto político-pedagógicos do curso, conhecer de fato as infraestruturas em termos de cenários. “O trabalho da Camem é espetacular até o ato autorizativo”, sustenta.

RECONHECIMENTO

Após o ato autorizativo do MEC, podendo ter a consultoria do Camem, caberá a Universidade Federal do Espírito Santo trabalhar para implantar o curso. Outra etapa seguinte é a busca pelo reconhecimento do Curso, o que permitirá que o acadêmico possa estar apto a receber o diploma.

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