O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) participa nesta terça-feira da Operação Piànjú, deflagrada pela Polícia Civil, que tem o objetivo de desarticular uma estruturada organização criminosa com atuação interestadual e internacional.

De acordo com a assessoria do MPES, o grupo criminoso atuava de forma estruturada com a finalidade de praticar diversos crimes, entre eles: organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e particulares, inserção de dados falsos em sistemas informatizados, falsidade ideológica, estelionato e falsa comunicação de crime.

A organização criminosa sediada no Espírito Santo teria movimentado mais de R$ 800 milhões, segundo as investigações.

A operação ocorreu de forma simultânea no Espírito Santo –Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica–, São Paulo –Capital, Santos e Jaguariúna–, Ceará –Fortaleza– e Alagoas –Maceió–, tendo sido empregados 118 agentes, entre delegados, investigadores e agentes das Polícias Civis, além de promotores de Justiça e agentes do Gaeco do Espírito Santo e de São Paulo.

De acordo com a assessoria do MPES, a operação foi deflagrada pela Polícia Civil capixaba por meio da Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV-DEIC) e do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, com apoio das Polícias Civis de São Paulo, Alagoas e Ceará e da Capitania dos Portos.

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MANDADOS

Foram expedidos 126 mandados judiciais, sendo, 18 mandados de prisão preventiva, 5 mandados de prisão temporária, 30 mandados de busca e apreensão, 23 sequestros de embarcações, 43 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e 2 ordens judiciais de suspensão de atividades econômicas.

 

APREENSÕES

Entre as ordens de busca e apreensão encontram-se 12 imóveis, 3 veículos de luxo –Porsche Panamera, Maserati Granturismo S e Mercedes Benz GLA200FF–, 12 motos aquáticas e 11 embarcações.

 

INVESTIGAÇÕES

Conforme detalha o MPES, durante 2 anos de investigação a Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos comprovou que a célula da organização criminosa investigada, que atuava no Espírito Santo, composta por dois grandes empresários capixabas, além de diversos outros membros, agia como prestadora de serviços de lavagem de capitais para outras organizações criminosas.

“Possuía, inclusive, ligação com empresas e pessoas investigadas e denunciadas no âmbito de diversas fases da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal, entre elas as operações Chorume e Descarte, bem como empresas que já foram investigadas por atuarem com os doleiros Alberto Youssef e Nelma Kodama, todos no âmbito da Força Tarefa da Operação Lava Jato, além de uma empresa investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por desvios de mais de R$ 98 milhões em ICMS” – explica a assessoria do MPES.

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“Foram dados cumprimentos aos mandados de prisão expedidos dos membros responsáveis pelo esquema de lavagem de capitais, que era realizado por meio de empresas de fachada e fictícias, criadas valendo-se de identidades falsas, expedidas pelo Setor de Identificação da própria Policia Civil do Estado do Espírito Santo, onde a organização criminosa se valia da precariedade do sistema atual de emissão de identidades civis e os beneficiários da lavagem, ou seja, os clientes, que tinham os valores remetidos para contas de empresas na China e EUA” – complementa.

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