Uma das principais preocupações na alta temporada é com o aumento do fluxo de turistas no litoral, em rios, lagos e cachoeiras. Em São Mateus, por exemplo, o Corpo de Bombeiros já registrou, de janeiro até o início de fevereiro, 213 ocorrências de afogamentos. Em Conceição da Barra foram 87 registros.

Comandante da 1ª Companhia Independente do Corpo de Bombeiros de São Mateus, major Cristiano Sartório destaca que a atuação da Corporação no litoral de São Mateus e Conceição da Barra tem evitado problemas mais graves.

Segundo ele, não houve nenhum registro de óbito por afogamento na área de atuação do Corpo de Bombeiros de São Mateus. No entanto, em alguns casos, ele destaca que a vítima precisou de atendimento hospitalar.

O comandante da Companhia destaca ainda que o trabalho do Corpo de Bombeiros é feito em conjunto com os guarda-vidas contratados pelas prefeituras de São Mateus e de Conceição, após eles passaram por cursos rigorosos de formação oferecidos pela própria Corporação.

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De acordo com o major Sartório, as praias da região, como são de mar aberto, têm influência forte das marés e dos ventos, o que provoca a formação de valões –os chamados buracos. “Esses buracos normalmente são os locais onde que acontecem a intervenção dos guarda-vidas e dos bombeiros”.

Major Sartório afirma ainda que as praias da região têm outro complicador no que se refere a riscos para os banhistas. “São as correntes de retorno. Elas ficam camufladas pela coloração da água, pelo estilo de praia. Existem praias que é possível constatar isso com mais facilidade. No caso de Guriri, é aleatório: um dia tem, no outro não. Não conseguimos identificar. É um evento da natureza”.

O major ressalta também que é importante que as pessoas atentem para as orientações e alertas preventivos realizados pelos guarda-vidas e bombeiros nas praias. Os locais indicados com bandeiras vermelhas, por exemplo, representam grande risco de acidentes.

 

 

CORRENTES DE RETORNO

A ong Oceano para Leigos explica que as correntes de retorno são um risco real para banhistas, sendo uma das maiores causas de afogamento nas praias com onda da costa brasileira. “Conhecer melhor esse fenômeno, respeitar as sinalizações e instruções dos salva-vidas é fundamental para evitar situações de afogamento nas praias” – diz a organização.

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Como funciona

. As correntes são geradas pelo acúmulo de água no raso, devido à ação do vento e das ondas.

. Elas são curtas, estreitas, ficam mais intensas próximo à maré-baixa e, principalmente, quando as ondas estão grandes, mais rápida que um nadador olímpico!

 

Como se livrar

. Nadar contra a corrente é uma péssima ideia. A melhor estratégia é manter a calma, se manter boiando e pedir ajuda. Se conseguir, nade na diagonal da corrente.

. Como cada praia tem características particulares, a orientação dos salva-vidas é muito importante. Mas vale lembrar que as correntes não puxam ninguém para baixo!

 

Como identificar

Os sinais característicos pra identificar correntes de retorno em praias com ondas são:

. Região com menor frequência ou ausência de quebras de ondas.

. Água de coloração diferenciada (mais clara ou mais escura, devido à maior profundidade ou pela agitação da areia).

. Nessa espécie de corredor, o movimento da corrente causa pequenas agitações na superfície da água.

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. Frequentemente, correntes de retorno estão presentes próximo a obstáculos rígidos como pedras e rochedos ou estruturas construídas pelo homem, como espigões e molhes.

. Esteja atento às sinalizações e instruções dos salva-vidas.

 

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Fonte: Ong Oceano para Leigos.

 

Foto do destaque: Divulgação

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